Angola a favor do alargamento de membros no Conselho de Segurança

Quer o alargamento do número dos Membros Permanentes e Não-Permanentes do Conselho de Segurança

Seis criminosos conseguem escapar após assalto na Vila Alice

Polícia diz que levaram uma quantidade de dinheiro indeterminada

Fundo Soberano perdeu USD 486 milhões em dois anos

O Fundo liderado pelo filho do presidente vale hoje USD 4,56 mil milhões

Bolsa para jovens líderes africanos com inscrições abertas

Os candidatos devem ter entre 25 e 35 anos

Recarga de telemóvel reajustada à realidade económica

Saldo passará de 900 Kz a 1.250 Kz

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Deputado defende atenção a segurança nacional na concepção do direito de asilo e de refugiado


Fonte: Angop - 28 Janeiro de 2015

Luanda - O deputado João Pinto pediu hoje, quarta-feira, em Luanda, que se tenha em atenção a segurança e a identidade nacional na abordagem da Lei sobre o Direito de Asilo e o Estatuto de Refugiado.

A proposta de Lei sobre o Direito de Asilo e o Estatuto de Refugiado deverá ir a apreciação na 4ª reunião plenária ordinária, da 3ª Sessão Legislativa, da III Legislatura da Assembleia Nacional, convocada para quinta-feira.

Segundo o também vice-presidente da bancada parlamentar do MPLA, “somos um país que regista um acentuado fluxo de estrangeiros tendo em conta a estabilidade política, a robustez da economia e a hospitalidade do povo angolano”.

Acha que seria de esperar que fossem de países vizinhos, quando na realidade acorrem para a pátria angolana indivíduos de nações distantes, como o Mali.

Chamou atenção pelo facto de muitos dos cidadãos que pedem o asilo não respeitarem princípios e que praticam actos que exigem o cuidado necessário para que não se ponha em causa a segurança e a identidade nacional.

O deputado afirmou que apesar de Angola ser um país aberto ao mundo e sem complexos de conviver com qualquer religião ou cultura, deve tomar as devidas cautelas.


“Não aceitamos que indivíduos acolhidos no país ponham em causa os nossos usos e costumes, a segurança e a identidade nacional e que pratiquem actos que atentem contra a lei”, rematou.

Processo de entrega de moradias nas centralidades prossegue em Abril



Fonte: Angop - 28 Janeiro de 2015

Luanda - A Imogestin estima proceder a entrega de habitações aos cidadãos regularmente inscritos no processo de aquisição de moradias nas centralidades do Kilamba e do Cacuaco, em Luanda, a partir de Abril deste ano, disse hoje, quarta-feira, o director comercial para novos projectos habitacionais, Gilberto Monteiro.

O gestor deu essa informação numa conferência de imprensa promovida pela Imogestin, visando dar a conhecer que a empresa continua a receber reclamações de cidadãos que pagaram moradias e não receberam, mas apenas daqueles que nunca fizeram (reclamação).

Gilberto Monteiro avançou tal horizonte temporal para a entrega das habitações porque estima-se que até lá esteja concluído o processo de reclamações dos cidadãos nestas circunstâncias.

Gilberto Monteiro anunciou, igualmente, que a partir de dia 2 de Fevereiro próximo serão abertos, nas cidades do Kilamba e do Cacuaco, postos de reclamações destinados àquelas pessoas que ainda não fizeram nem pela Sonip nem pela Imogestin.

“Os cidadãos que não enviaram a ficha de inscrição ou senha, comprovativo de depósito bancário, cópia do B.I. e da reclamação efectuada, caso tenha, dentro do prazo que vai de 19 até 27 de Janeiro deste ano, poderão ainda efectuar pelos endereços reclamacoeskilamba@gmail.com; reclamacoeskilamba@outlook.com;  reclamcoeszango@gmail.com e reclamacoescacuaco@gmail.com, precisou a fonte.


Por outro lado, informou que há muitas reclamações de pessoas cujos nomes não constam da lista de 2.888 inscritos fornecidas pela Sonip à Imogestin, mas que toda reclamação está a ser respondida.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Banco Nacional de Angola duplica venda de dólares aos bancos


26-01-2015 | Fonte: Público
O Banco Nacional de Angola (BNA) injectou na banca comercial, na última semana, 300 milhões de dólares (267 milhões de euros) em divisas, o dobro face ao período anterior, numa altura de restrições no acesso à moeda estrangeira.

De acordo com o relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial, divulgado nesta segunda-feira pelo BNA e a que a Lusa teve acesso, o banco central angolano realizou estas vendas em leilões, entre 19 e 23 de Janeiro, a uma taxa média de referência do mercado cambial interbancário de 104,645 kwanzas (89 cêntimos de euro) por cada dólar.

Desde Novembro que a taxa de câmbio não pára de subir, reflectindo-se numa forte desvalorização do kwanza, a moeda nacional.

Na semana anterior, as mesmas vendas tinham-se cifrado em 159 milhões de dólares (141 milhões de euros), confirmando assim o cenário de dificuldades no acesso a divisas em Angola, devido à quebra na cotação internacional do barril de petróleo.

Consultas feitas pela Lusa em alguns bancos de Luanda resultam na praticamente generalizada impossibilidade de fazer levantamentos de dólares ao balcão, no imediato, com os clientes a recorrerem ao mercado informal para obterem divisas, onde as taxas de câmbio dispararam.

Em todo o mês de Outubro - ainda com 1 dólar negociado a menos de 100 kwanzas - o BNA vendeu directamente aos bancos comerciais, excluindo assim as compras aos clientes, 1.530 milhões de dólares (1361 milhões de euros) em divisas.

O novo governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior, garantiu, na sexta-feira passada, após tomar posse, que os "fundamentos macroeconómicos" do país estão "sob controlo", apesar das dificuldades provocadas pela queda da cotação internacional do petróleo.

"É verdade que o momento é particularmente difícil. O que tenho a dizer é que os fundamentos macroeconómicos do nosso país mantêm-se sólidos e sob controlo", afirmou José Pedro de Morais Júnior, que entre 2002 e 2008 liderou o Ministério das Finanças de Angola.

Com a diminuição das receitas oriundas do petróleo - a cotação internacional do barril de crude caiu para metade em nos últimos seis meses - reduziram-se também as divisas que entram em Angola.

O novo governador salientou ser "evidente" o momento de "dificuldade" vivido pelos países exportadores de petróleo, como Angola, sendo por isso "necessário afinar alguns instrumentos".

"E é justamente isso que o senhor Presidente da República tem vindo a fazer nas últimas semanas. Estamos todos confiantes e gostaria já de deixar uma recomendação a todos os agentes do sistema financeiro nacional para assumirem as suas responsabilidades e, com serenidade, tentarmos levar a cabo e ultrapassar o mais depressa possível este pequeno momento", declarou.

José Pedro de Morais Júnior referia-se às restrições que a banca comercial angolana está a aplicar às operações financeiras e com cartões, nomeadamente envolvendo divisas, decisões às quais o BNA afirma ser alheio.

O novo governador "recomenda" aos bancos comerciais que adoptem "medidas correctivas", rejeitando, ao ser questionado pelos jornalistas, uma situação de pânico financeiro junto dos clientes, que se queixam da falta de acesso a dólares.

"Não há razão para isso [pânico financeiro]", atirou.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana a seguir à Nigéria, actividade que representou no ano passado 76% das receitas fiscais do país.

Agricultores do Namibe queixam-se da subida dos combustíveis


27-01-2015 | Fonte: VOA
Os agricultores na província do Namibe querem a intervenção do Estado no apoio aos seus produtos para compensar a subida dos preços dos combustíveis.

Os camponeses e agricultores exigem do Governo a fixação da tabela de preços do produto do campo visando valorizar e compensar o seu trabalho.

“O que vendemos não compensa os gastos de combustíveis e o esforço empreendido. O governo tem que valorizar o produto do campo”, disse o agricultor Cambambe Domingos, do vale do rio Munhino, Município da Bibala.

O secretário provincial do Namibe da Unita Ricardo Ekupa de Noé Tuyula diz que os camponeses e os agricultores locais estão à beira de um “suicídio”, com a desvalorização do produto do campo, diante da subida de combustíveis no mercado interno angolano.

Tuyula afirma que o preço da gasolina deverá em breve aumentar de novo para cima dos 100 Kwanzas.

TAP restringe venda de bilhetes em Angola devido à falta de dólares


27-01-2015 | Fonte: Sic
A TAP vai restringir a venda de bilhetes em Angola devido à escassez de dólares. 

O país, altamente dependente da exportação de petróleo, está a sofrer com a desvalorização do produto. 

Entram cada vez menos dólares em Angola, o que faz com que as empresas internacionais não consigam trocar a moeda local ou a troquem por valores mais baixos porque o kwanza está em queda. 

Angola é o principal mercado externo de Portugal fora da Europa, e qualquer embate na sua economia significa uma onda de choque nas empresas portuguesas. E, neste momento, conforme constata uma análise recente do angolano BAI Europa, “a alteração verificada até ao momento nos mercados petrolíferos é já suficiente para acarretar sérias implicações sobre a actividade económica do país”. 

O mesmo relatório destaca que este é o “segundo choque externo, de grande amplitude, após o choque sofrido no final de 2008, desencadeando um efectivo cenário de stress”.

Nessa altura, e após o acordo de reestruturação de dívida de Angola a Portugal ter sido renegociado em 2004, verificou-se um enorme aumento no atraso dos pagamentos às empresas portuguesas, provocado pela quebra nas receitas e na entrada de divisas (dólares). 

Apesar de Angola está hoje mais bem equipada para uma descida do preço do petróleo do que em 2009 (nomeadamente ao nível do volume de reservas em moedas estrangeiras)  e aplicar medidas, como a diminuição dos subsídios aos combustíveis, não conseguirá evitar a existência de um choque.

Sindicato da Construção denuncia: portugueses em Angola não conseguem transferir dinheiro para Portugal


27-01-2015 | Fonte: TSF
Há centenas de trabalhadores portugueses em Angola que não estão a conseguir enviar dinheiro para Portugal. Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção de Portugal diz que as empresas têm dinheiro, mas nestes tempos de crise em Angola por causa da queda do preço do petróleo a dificuldade em transferir os ordenados agravou-se.

sindicato vai pedir uma reunião urgente ao embaixador de Angola em Lisboa.
A economia angolana está a sofrer o impacto da quebra do preço do petróleo. O orçamento que tinha por base uma determinada receita conseguida com a venda do petróleo está já praticamente reduzido a metade. Os portugueses que trabalham em Angola estão já a ter problemas no envio de dinheiro para Portugal e alguns que vieram passar o Natal a casa já não regressaram.
O Sindicato da Construção de Portugal diz que tem centenas de trabalhadores em Angola que não conseguem receber os ordenados e transferir dinheiro para as famílias em Portugal.
Albano Ribeiro afirma que as empresas têm dinheiro, mas devido à crise da economia angolana há cada vez mais dificuldades em enviar dinheiro para bancos portugueses. O sindicato tem recebido muitos e-mails e telefonemas.
Ouvido pela TSF, o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário admite preocupação com a situação angolana. Reis Campos não exclui que seja verdade aquilo que diz o sindicato, mas explica que contatou com algumas empresas em Luanda e nenhuma lhe relatou este problema.

Palestra debate preço do petróleo no mercado internacional


Fonte: Angop - 26 Janeiro de 2015

Luanda - A Escola Nacional de Administração (ENAD) realiza a 03 de Fevereiro próximo, nas respectivas instalações em Luanda, uma palestra subordinada ao tema “O comportamento do preço do petróleo no mercado internacional, leituras e consequências”.

Numa nota de imprensa, a que a Angop teve acesso nesta segunda-feira, a instituição refere que a palestra deverá contar com a presença de técnicos dos ministérios dos Petróleos e das Finanças.

A palestra tem como objectivo sensibilizar a sociedade sobre a influência do comportamento do preço do petróleo no mercado internacional e suas consequências para a economia angolana.


A ENAD visa, entre outros objectivos, contribuir para o aumento da eficiência e qualidade dos serviços públicos e privados, para a solidificação do crescimento económico e do desenvolvimento sustentável do país.

Governo do Uíge consternado com morte do professor Kiala Kialusinga


Governo do Uíge consternado com morte do professor Kiala Kialusinga
Foto: Muana Damba
Fonte: Angop - 26 Janeiro de 2015

Uíge - O Governo da provincia do Uíge manifestou hoje, segunda-feira, nesta cidade, "profunda dor e consternação pela morte do professor e director do gabinete de Estudos e Planeamento da Universidade Kimpa Vita, Kiala Kialusinga".

"O professor e gestor Kialuzinga soube sempre exercer com zelo e delicadeza as suas funções", lê-se numa nota do Governo do Uige, entregue hoje à Angop.

Com o seu desaparecimento físico, diz o Governo do Uíge, a província perde um excelente quadro, acrescentando que "nesta hora de dor e luto, inclinamo-nos diante da sua memória e endereçamos a família enlutada, amigos e a universidade Kimpa Vita, os nossos  mais profundos sentimentos de pesar".


O professor Kiala Kialusinga David, 68 anos é natural do município de  Maquela do Zombo. Além de director do gabinete de Planeamento da Universidade Kimpa Vita, leccionava algumas cadeiras ligadas as Ciências Agrárias.  

Cónego Apolónio exorta jovens a trabalharem pela pátria e igreja


Fonte: Angop - 26 Janeiro de 2015

Luanda - O cónego Apolónio Graciano instou hoje, segunda-feira, em Luanda, os jovens angolanos a trabalharem cada vez mais em prol do país e da igreja, pautando no quotidiano pelo amor ao próximo e por atitudes tendentes ao resgate dos valores morais, cívicos e religiosos.
Em declarações à Angop a propósito dos seus 23 anos de sacerdócio, assinalados hoje (26 de Janeiro), o religioso precisou que o trabalho em prol do país e da igreja exige sacrifício e dedicação.

“Quando uma pessoa se entrega para os outros tem de haver capacidade de sacrifício, para servir melhor e não se importar em se servir”, explicou.

Em sua óptica, cada um na sua profissão ou missão deve trabalhar pensando no próximo e no país. “Portanto, para a nossa juventude, é preciso haver um ideal nobre de vivência”.

Questionado sobre os 23 anos de sacerdócio, o cónego Apolónio destacou o carinho que tem recebido do povo angolano, e não só.

“É difícil enumerar tudo o que marcou durante estes anos, porque todos os dias acontecem muitas coisas maravilhosas, as quais procuro retribuir com o acompanhamento espiritual e orações contínuas a favor da paz e das famílias”.

Garantiu que continuará a dedicar a sua vida a igreja e a pátria, cumprindo com a missão de levar a palavra de Deus aos irmãos, independentemente da localidade.

Questionado sobre a tomada de posse do Arcebispo Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, sublinhou que “Deus respondeu as preces e designou um pastor” à altura e que conhece bem a arquidiocese de Luanda, seu ambiente, história e cultura.

“É muito significativo para a Igreja Católica em Angola a recepção do arcebispo”, aventou o religioso.


Apolónio Graciano foi ordenado padre na Igreja da Sagrada Família a 26 de Janeiro de 1992. Entre outras, já desempenhou funções de secretário particular do Cardeal Dom Alexandre do Nascimento e de chanceler da Arquidiocese de Luanda. Actualmente é responsável pela Paróquia de São Carlos Loanga, sedeado no Projecto Nova Vida.

Síntese das principais notícias das últimas 24 horas


Ministra anunciou que o Centro Logístico de
Distribuição dos Produtos do Campo
entrará em funcionamento em Abril
Fonte: Angop - 26 Janeiro de 2015

Luanda - A Agência Angola Press - Angop E.P incluiu, na sua emissão das últimas 24 horas, entre outros, os seguintes assuntos:

Proposta
A nova Proposta de Lei para o Registo Eleitoral, elaborada pelo Ministério da Administração do Território (MAT), consta da agenda da sessão plenária da Assembleia Nacional, do dia 29 de Janeiro, informou hoje, em Luanda, o seu titular da pasta Bornito de Sousa.

Experiência
O X congresso vai permitir o aprofundar da troca de experiência e fortalecimento dos laços de amizade e de cooperação profissional, considerou hoje, segunda-feira, em Luanda, o ministro da Saúde, José Van-Dúnem.

Acordo
O Ministério do Comércio e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) rubricaram hoje (segunda-feira), em Luanda, um acordo de cooperação que vai viabilizar a assistência técnica e formação de camponeses, tendo em vista potenciar a agricultura familiar no país.

Doenças
As doenças potencialmente epidémicas como as febres hemorrágicas virais, a meningite e a cólera devem merecer uma vigilância rigorosa e notificação atempada, de forma a se garantir uma resposta rápida e adequada, considerou hoje (segunda-feira), em Luanda, o ministro da Saúde José Van-Dúnem.

Aposta
A governadora provincial de Cabinda, Aldina da Lomba Catembo, disse hoje, segunda-feira, nesta cidade, que o seu pelouro está empenhado na formação académica e técnico-profissional dos jornalistas.

Erradicação
A erradicação da poliomielite e o aumento dos serviços em unidades de saúde para o acompanhamento e tratamento de pessoas com VIH/Sida e a expansão do programa de prevenção vertical foram apontados como os ganhos do sector, segundo o titular da pasta, José Van-Dúnem.

Crianças
Cinquenta crianças pertencentes ao Lar Kuzola assistiram hoje, segunda-feira, na Unidade Operativa de Luanda as demonstrações feitas pelos agentes da polícia Nacional em caso de roubo.

Luto
O adido de imprensa na embaixada de Angola na Tanzânia, Francisco Cassanda da Silva, morreu na madrugada de hoje (segunda-feira), em Dar-es-Salaam, vítima de doença.

Futebol
O governador de Benguela, Isaac Maria dos Anjos, afirmou domingo que a primeira edição do Campeonato Nacional de Futebol de juniores masculinos, que encerrou com a consagração da equipa do 1º de Agosto, "correu da melhor forma possível".

Funcionamento

O Centro Logístico de Distribuição dos Produtos do Campo, em construção na comuna da Calenga, município da Caála (Huambo), entra em funcionamento em Abril, anunciou neste domingo a ministra do Comércio, Rosa Pacavira.

Assembleia Nacional realiza 4ª reunião plenária ordinária quinta-feira


Fonte: Angop - 27 Janeiro de 2015

Luanda - A Assembleia Nacional realiza esta quinta-feira a 4ª reunião plenária ordinária, da 3ª Sessão Legislativa, da III Legislatura para a votação final global das propostas de Lei da Simplificação do Processo de Constituição de Sociedades Comerciais e das Cooperativas.

De acordo com  uma nota do Hemiciclo a que a Angop teve acesso a  plenária irá igualmente proceder à discussão e votação, na  generalidade, da proposta de Lei das Instituições Financeiras, da Proposta de Lei que aprova o Código de Valores Mobiliários  e a Proposta de Lei sobre o Direito de Asilo e o Estatuto de Refugiado.

Discussão e votação, na generalidade, da Proposta de Lei do Registo Eleitoral e a discussão e Votação, na generalidade, da Proposta de Alteração da Divisão Político-Administrativa da Província da Lunda Norte, bem como  questões internas  fazem igualmente parte da agenda desse encontro. 

Repartição da educação reduz número de beneficiários da merenda escolar


Fonte: Angop - 26 Janeiro de 2015

Huambo/Caála - Dois mil e 500 alunos do ensino primário vão beneficiar-se este ano de merenda escolar no município da Caála, província do Huambo, contra os quatro mil do ano anterior.

A informação foi divulgada hoje, segunda-feira, à Angop, pelo chefe da repartição local da educação, Mateus Tchimbamba, explicando que esta diminuição de alunos beneficiários se deve, essencialmente à redução das verbas que a administração disponibiliza para a execução deste programa.

Informou que vão ser selecionadas as escolas das zonas rurais, onde é maior o absentismo de alunos nas salas de aulas, já que um dos objectivos da distribuição de merenda é estimular as crianças a assistirem as aulas.


Mateus Tchimbamba disse que, tal como nos anos anteriores, a merenda será composta por bolachas, sumos e iogurtes, dando-se primazia aos produtos nacionais e com valor nutritivo reconhecido. 

Proposta de lei prevê recenseamento eleitoral oficioso



Basta tratar o Bilhete de Identidade, o cidadão estará cadastrado na base do Registo Eleitoral

Fonte: Angop - 26 JANEIRO 2015

Luanda - A nova Proposta de Lei para o Registo Eleitoral, elaborada pelo Ministério da Administração do Território (MAT), consta da agenda da sessão plenária da Assembleia Nacional, do dia 29 de Janeiro, informou hoje, em Luanda, o seu titular da pasta Bornito de Sousa.

De acordo com governante, com o documento tem-se em vista estabelecer os princípios e regras fundamentais relativos ao recenseamento dos cidadãos angolanos maiores de 18 anos, para efeitos eleitorais.

O ministro falava durante a segunda edição do “Mat’abicho com os jornalistas”, um encontro informal, promovido pelo MAT, nas suas novas instalações, em Luanda, para abordagem de temas relacionados a este departamento ministerial.

Bornito de Sousa frisou que a proposta de lei submetida à Assembleia Nacional prevê o recenseamento eleitoral oficioso, além do (habitual) presencial.

Neste sentido, segundo o documento, os cidadãos maiores de 18 anos têm o direito de estar inscritos na Base de Dados dos Cidadãos Maiores (BDCM). A inscrição oficiosa será feita a partir da base de dados do Bilhete de Identidade.

Explicou que os cidadãos não inscritos na base de dados do Bilhete de Identidade (cidadãos que não possuem o BI), deverão continuar a promover o seu registo eleitoral presencial, junto dos postos de registo, ao que chamou “fase híbrida” de coexistência dos dois sistemas.

Sobre a realização dos pleitos eleitorais, o titular da pasta do MAT aclarou que existe uma linha que delimita as responsabilidades do Executivo e as da Comissão Nacional Eleitoral.

Sublinhou que cabe ao Executivo fornecer à Comissão Nacional Eleitoral o ficheiro Informático dos cidadãos (nome, data de nascimento, filiação, número do Bilhete de Identidade, residência, área de registo, naturalidade e sexo) para que a CNE faça, de forma autónoma, o seu trabalho de realização das eleições.

Por seu lado, o secretário de Estado para os Assuntos Institucionais Adão de Almeida referiu-se à presunção da capacidade eleitoral dos cidadãos, traduzida na sua inscrição na BDCM, esta, por sua vez, alimentada, automaticamente a partir da base de dados do Bilhete de Identidade.

O secretário de Estado falou também da necessidade da actualização de dados, através da prova de vida, assim como da promoção de campanhas de actualização da BDCM, mediante a constituição de Brigadas de Actualização dos Dados (BAD).

Tal actualização afigura-se importante, segundo o secretário de Estado, devido a fenómenos como alteração da área de residência ou falecimentos.


Ainda sobre a prova de vida deu a conhecer que esta permite a inscrição nos ficheiros dos dados dos cidadãos efectivamente eleitores, mas também existirá um “ficheiro paralelo”, contendo dados de pessoas que, eventualmente, não tenham feito prova de vida (ficheiro passivo).

Suspensão de Kwanzas em Portugal




Fonte: Club-k.net - 22 JANEIRO 2015

Luanda – Reclamações de bastidores dão conta que cidadãos angolanos em Portugal manifestam dificuldades em comprar a moeda euro com kwanzas, por razões até aqui desconhecidas.

A ausência de uma comunicação plausível sobre o assunto tem dado azo a especulações. Algumas casas de câmbios, naquele país europeu  alegam  tratar-se de uma decisão do governo português e não se sabe quando é que voltam a comercializar o Kwanza; outras dizem que há muito kwanza no mercado português e os bancos angolanos não aceitam comprar para comercializarem em Angola.

Há igualmente conhecimento que em Londres a medida é a mesma. Segundo depoimento, a situação “está complicado”, uma vez que “em Luanda não nos deixam comprar o Dólar/euro por causa de muita burocracia somos obrigados a trazer o kwanza para trocar cá (Europa) e as casas de câmbios não aceitam dizem que é decisão do governo e os bancos cá também não aceitam comprar porque dizem que o Kwanza não está cotada na bolsa”.


“Agora o que nós vamos fazer com o Kwanza que nos é enviado? se não podemos trocar cá é como se não tivesse valor, como um qualquer papel”, questionou uma cidadã afectada por esta crise.

Cuanza Norte: Elefante morre ao colidir com viatura no Golungo Alto



Fonte: Angop - 27 Janeiro de 2015

Golungo Alto - Uma viatura de marca Toyota Hilux colidiu na noite de domingo com um elefante no troço rodoviário entre a vila do Golungo Alto e a sede comunal de Cambondo, província do Cuanza Norte, provocando a morte do animal.

Segundo testemunhas contactadas pela Angop no local, o incidente ocorreu a 14 quilómetros da sede municipal do Golungo Alto, numa altura em que uma manada de elefantes atravessava a estrada.

Do choque resultou também a danificação da viatura e ferimentos ligeiros ao automobilista que viajava sozinho e que recebeu os primeiros socorros no hospital do Golungo Alto, antes de ser evacuado para o hospital de Ndalatando, capital da província, a seu pedido.

Presume-se que o excesso de velocidade do veículo esteja na base do acidente que ocorreu pelas 20 horas.

O município do Golungo Alto e a comuna de Cambondo, em particular, enfrentam o drama da presença de manadas de elefantes, que destroem áreas de cultivo.

Banga, Bolongongo, Cazengo e Ngonguembo estão entre os municípios do Cuanza Norte que vivem o mesmo problema.


Nesta província, a constante presença destes mamíferos junto das áreas residenciais está a provocar o abandono de localidades até recentemente habitadas e a desencorajar o regresso de cidadãos a antigas aldeias desabitadas durante a guerra. 

Classe médica é decisiva no desenvolvimento da sociedade


Fonte: Angop - 27 Janeiro de 2015

Luanda - A classe médica tem sido um factor decisivo e incontornável no contexto do desenvolvimento da sociedade num mundo de constante mudança considerou segunda-feira, em Luanda, o ministro da Saúde, José Van-Dúnem.

O governante falava durante o X Congresso Internacional dos Médicos em Angola, que encerra hoje, terça-feira e decorre sobre o lema "Os desafios da saúde em Angola no contexto de um mundo em mudança".

José Van-Dúnem frisou que a classe médica tem respondido de forma abnegada aos desafios que a sociedade angolana lhe tem colocado, sabendo adaptar-se às circunstâncias, juntando dedicação e bom senso.

"O tempo de hoje é um tempo diferente. É tempo de mudança rápida, por isso mesmo mais exigente, com maior responsabilidade e necessidade de tomada de decisões adequadas em momento certo", disse.

Referiu que o Ministério da Saúde defende um serviço nacional de bem estar cada vez mais próximo dos indivíduos, das famílias e comunidades, de forma a responder aos seus anseios e necessidades.

Sublinhou que este desiderato está consubstanciado nas estratégias do sector para a consolidação da reforma do sistema nacional de saúde de Angola, visando garantir o direito à saúde, a universalidade, a equidade, a integridade e a continuidade da atenção, assentes nos cuidados primários de bem estar que permitirá continuar a melhorar os indicadores que visam o alcance dos objectivos contidos na agenda de desenvolvimento sustentável até 2015.

De acordo com o titular da pasta da Saúde, o Orçamento Geral do Estado (OGE) para o ano 2015, sendo um valor de continuidadedo de projectos em curso, será revisto e adaptado, tendo em conta a queda do preço do petróleo provocada pelo mercado internacional.

"Perante este cenário temos que estabelecer prioridades, procurando reservar os ganhos alcançados", enfatizou.


O governante disse ser preocupação no momento, aumentar a eficiência dos serviços de saúde, racionalizando ainda mais a utilização dos recursos disponíveis e a mobilização das parcerias para que se evitem reduções na qualidade dos serviços. 

Médicos abordam desafios da saúde em Angola



Fonte: Angop - 27 Janeiro de 2015

Luanda - O Congresso Internacional dos Médicos é uma oportunidade para os profissionais angolanos actualizarem e apresentarem os trabalhos que têm estado a desenvolver ao longo das suas actividades, considerou hoje, terça-feira, em Luanda, a cardiologista Sílvia Lutucuta.
Em declarações à Angop, a margem do X Congresso Internacional dos Médicos em Angola, iniciado segunda-feira, sob a égide da Ordem dos Médicos de Angola, Sílvia Lutucuta sublinhou que, ao longo do congresso os especialistas estão a apresentar os seus trabalhos e a abordar os desafios da saúde em Angola.

Disse que os especialistas angolanos têm estado a desenvolver actividades nas diferentes vertentes, cientificas, económicas, entre outras, que são apresentadas ao longo do congresso apresentam, bem como algumas estratégias para o desenvolvimento do trabalho na área da saúde.

“Dentro do programa da ordem dos médicos, temos anualmente os nossos congressos que é sempre uma oportunidade para também se actualizarem e apresentarem os trabalhos”, frisou.

O X Congresso Internacional dos Médicos em Angola decorre de 26 a 27 deste mês, sob o lema “Os desafios da saúde em Angola no contexto de um mundo em mudança”.

O encontro visa despertar e valorizar o debate de questões de natureza transversal, sobre a necessidade dos médicos terem uma percepção clara do que são as abordagens sistémicas e por força do que é a ciência médica, arte médica e os temas vocacionados para o exercício clínico.

Ao longo do evento estão previstas a realização de 31 conferências, 10 painéis-debate, seis simpósios, 17 comunicações livres e 40 cursos pré-congresso.

Participam no evento cerca 1.200 especialistas de diversos países como Angola, Portugal, Moçambique, Cabo Verde, Bélgica e Estados Unidos, que participam igualmente na III Feira Médico-Hospitalar.


A Ordem dos Médicos pretende, neste congresso, trazer à discussão firme e consistente, um conjunto de matérias que possam aumentar a elevada consciencialização dos médicos não apenas face à doença, mas, igualmente, às exigências plurifacetadas que a Medicina provoca pela sua complexidade e riqueza e aos modelos de organização, de atendimento e de prestação de cuidados.  

Mais de 300 presos evadem-se da cadeia de Yabi, em Cabinda


Fonte: VoA 26 Janeiro 2015
Em Cabinda, mais de 300 reclusos evadiram-se esta manhã da unidade penitenciária de Yabi.
Antes da sua evasão os reclusos criaram um motim e arrombaram os principais acessos daquele estabelecimento prisional.
Informações apuradas junto de fontes bem informadas, mas não confirmadas pelas autoridades indicam que o motim foi a única maneira encontrada pelos reclusos para reclamarem das péssimas condições da alimentação e dos maus-tratos que lhes são infringidos.
Após a evasão, houve um intenso tiroteio dos guardas prisionais e da polícia de intervenção rápida destacados naquela unidade que permitiu ferir e recapturar alguns presos.
A situação é considerada caricata e Arao Bula Tempo apela às autoridades a encontrarem uma solução de modo a evitar situações desta natureza no futuro.
Tentamos contactar, sem sucessos, os responsáveis daquela unidade prisional e o comando provincial da Polícia Nacional.

Contudo responsáveis daquele comando da polícia disseram à VOA que um grupo de especialistas está a trabalhar no local para apurar as causas do motim e fazer o levantamento do número de reclusos em fuga.

“O papel das FALA na conquista da Independência e Liberdade em Angola”,- Por Kamalata Numa



-Exª. Senhor Presidente da UNITA;
-Exª. Senhor Vice Presidente da UNITA;
-Exª. Senhor Secretário Geral da UNITA;
-Exª. Senhores Convidados;
-Senhoras e senhores!


Sob o Lema FALA – OBREIROS DA LIBERDADE E DEMOCRACIA EM ANGOLA, respondemos ao convite que nos foi endereçado pela Comissão de Organização e Realização de Eventos do Partido para dissertarmos sobre o tema “O papel das FALA na conquista da Independência e Liberdade em Angola”, o que fazemos com imenso gosto e expectativa de podermos escavar na profundidade do tempo esta epopeia iniciada por homens e mulhres que de forma decisiva contribuiram com a ascensão do País a independência em 11 de Novembro de 1975 e na adopção da constituição que faz de Angola Estado Democrático e de Direito.


Senhoras e Senhores!


Com a partilha da África pelas potências coloniais, na Conferência de Berlim, em 1884-85, que resultou com a fixação das fronteiras de Angola, mas sem Kabinda.


Com a finalização dos acordos entre Portugal/França e Portugal/Bélgica que determinou a fixação da fronteira de Kabinda em 1913. E em 1956 a colocação do território de Kabinda sob administração do governador geral de Angola. 


Com o fim da resistência dos Reinos Africanos de Angola contra a ocupação colonial portuguesa e o surgimento da afirmação do conceito de Angola na vida dos africanos amalgamados no seio de uma mesma fronteira.
Surge a partir deste momento uma alteração na correlação de propositos e na vivência histórico-filosófica, político-económica e sócio-cultural de Portugal com os Antigos Reinos Africanos de Angola.


A submissão pela força das armas passa a estender-se para a desestruturação filosofico-política, económica, social e cultural da identidade africana dos angolanos, numa dimensão de alcance tão profundo que mesmo passados 39 anos depois da independência de Angola, ainda seus centrismos se mantêm presentes e actuantes na vida do país que procura aprofundar a sua independência política e económica. O testemunho do cientista político queniano, Ali Mazrui é lapidar quando diz:


“...nenhum outro continente sofreu em tão pouco tempo, menos de um século, tantas mudanças impostas ou vindas do exterior quanto a velha e rural África.”


Apesar desta alteração na correlação estratégica de propositos, a resistência ao colonialismo nunca esmoreceu. Os nacionalismos dos Antigos Reinos Africanos de Angola forçados pela conjuntura passaram a interpretar de forma diferente o fenómeno colonial e gradualmente foram se transformando em protonacionalismos e alicerces da futura construção do nacionalismo angolano.


Esses Protonacionalismos foram responsáveis pelo surgimento da geração de protonacionalistas angolanos cujos nomes a historigrafia angolana devera resgatar do esquecimento imposto pela coveniência política actual.
Muitos destes protonacionalistas no meio rural e nas missões evangélicas e católicas influenciaram profundamente com o cunho da identidade africana os fundamentos para a construção do nacionalismo angolano, tendo alguns sido avós dos primeiros fundadores do nacionalismo angolano como foram os casos do avô de Holden Roberto, Miguel Nekaka e do avô de Jonas Malheiro Savimbi, Joaquim Sakaita Savimbi e outros.


Nos grandes centros urbanos, as populações mais em contacto com a «civilização» ocidental imposta pelos colonos, os protonacionalistas angolanos passaram a expressar através das elites as suas aspirações na poesia e literatura, na imprensa «nativista», em associações indígenas e outras. 


Após a Segunda Guerra Mundial começam a soprar mais fortes os ventos de mudança em África. Muitos africanos que lutaram nos exércitos das potências colonizadoras como a Inglaterra e a França contra os nazis alemães e os fascistas italianos passaram a sonhar também com a libertação dos seus países.


Em Angola, os ecos independentistas alteraram o discurso ideológico do autonomismo para o discurso da independência que de forma titubeante faz surgir as primeiras associações, movimentos e partidos com projectos programáticos inscritos dentro de um espectro político-ideológico bastante alargado que vai desde os comunistas a capitalistas nacionalistas que vão convergindo para o surgimento da UPNA (União das Populações do Norte de Angola) em 1954 que evoluiu para a UPA (União das Populações de Angola) em 1958 e FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) em 1961. O MPLA surge em 1956, data oficial polémica, e teve também um longo processo de convergência das diversas tendências nativistas e leuconacionalistas para a afirmação do nacionalismo luso tropicalista.


Com o eclodir da luta armada, um fenómeno político-ideológoco começa a corporizar-se no seio dos angolanos, causado pela divisão do mundo em dois blocos e pelas divergências protonacionalistas mal abordadas com consequências que passaram a ter reflexos na luta contra o colonialismo português.


O avolumar-se das contradições atinge o nível de antagonismo alarmante. O ELNA (Exército de Libertação Nacional de Angola) braço armado da FNLA e o EPLA (Exército Popular de Libertação de Angola) braço armado do MPLA são jogados para a luta fratricida.


Com os dirigentes da FNLA instalados em Leopoldville e os do MPLA em Brazaville arquitectando a eliminação um do outro, as razões da luta anti-colonial são substituídas pela predominância da luta fratricida entre angolanos.


Esses antagonismos desmotivaram muitos patriotas que acabaram por abandonar os caminhos da luta. E os que se motivaram, concentraram-se em encontrar uma terceira opção que desse respostas a letargia que se assistia no avanço da luta anticolonial e nos desvios na concepção do futuro de Angola. E como consequência, em 1966,surge a UNITA.


A UNITA aparece como um projecto de sociedade mais avançado em relação aos defendidos até aí pela sua identidade se inspirar na identidade protonacionalista originária de todos angolanos e nos valores positivos do património humano universal, fundamentando em priorizar a realização do angolano em primeiro lugar e sempre, tendo especial atenção aos mais desprotegidos que lutam com armas desiguais a partida.


As FALA nasceram neste complexo momento, mas vincando desde a partida uma identidade que marcou e tem continuado a marcar a História de Angola, com o chamado “Espírito do Muangai”. 


Esta identidade foi herdada dos construtores do nacionalismo angolano e do Projecto do Mwangay que consagraram na UNITA os princípios da universalização das conquistas humanas como património da humanidade, dos princípios da identidade africana e angolana, do princípio da construção do Estado democrático e de direito como fundamento da nova visão filosófico-política na abordagem da política, da economia, do social e da cultura, dos princípios da unidade, da paz e da liberdade.


Esta identidade permitiu as FALA manterem-se independentes de qualquer influência, desde os chineses que em 1965 treinaram os primeiros comondantes que foram a célula embrionária da sua construção. Mantiveram-se distantes da influência da ideologia da África do Sul do apartheid, buscando em outros países africanos equilíbrios para a sua sobrevivência e afirmação.


O legado das FALA foi construido com muita bravura no momento conturbado da sua História em 1966, quando iniciam a luta armada contra o colonialismo português sem armas e sem Bases no estrangeiro e acreditando só no povo e na força da sua identidade como o centro da sua inspiração na acção, e é desta lógica que decorre a afirmação da cultura baseada no princípio de “contar essencialmente com as nossas próprias forças”.


Os Heróis desta saga foram Jonas Malheiro Savimbi treinado na República Popular da China na Academia de Pequim e vindo a tornar-se seu primeiro e último Alto Comandante. Os Heróis desta saga treinados em Nanquim foram: David Jonatão Chingunji (Samwimbila),morto em 1970, Isaías Masumba, Jacob Hosi Inácio, preso pela PIDE, Jeremias Kusia Chinyundu, preso pela PIDE, José Kalundungu; Mateus Banda, Nicolau Chiyuka Biangu, preso pela PIDE, Paulino Moisés, morto em 1969, Samuel Chivala (Mwanangola), que se rendeu a UPA/FNLA em 1969, Samuel Chiwale e Tiago Sachilombo, que se rendeu aos portugueses também em 1969.


A estes Heróis para a missão de penetração para o interior de Angola e da construção da primeira Base Revolucionária de Apoio as Guerrilhas, juntaram-se em Dezembro de 1965 e Janeiro de 1966 os companheiros Samuel Piedoso Chingunji conhecido por Kapesi Kafundanga, Salomão Mundisa, Francisco Kulunga, Dinis Epalanga, João Kanuela, Francisco Maho, Kambonde, Toveka e Agostinho Joaquim.


Instalada a guerrilha, passou-se para a fase da criação das Frentes Político-militares numa área vasta que permitisse melhor mobilidade para se facilitar a expansão e consolidação da Base Revolucionária de Apoio as Guerrilhas.


Criou-se a Frente Teixeira de Sousa com a designação do companheiro Nicolau Chiyuka que foi preso logo no início e liberto depois de sofrer cadeias e torturas. Frente Kalunda (Kazombo) com a designação dos companheiros Jeremias Kussia preso logo no início e Jacson Fungamesso. Frente Luvuei designado comandante o companheiro Isaías Massumba que fez um trabalho de organização e mobilização notável que veio permitir a 13 de Março de 1966 a realização do Primeiro Congresso constitutivo da UNITA. Frente Mavinga (Kwandu Kubangu) com Francisco Kulunga como comandante e Nicolau Chiyuka como Responsável Político (depois de ter sofrido duas cadeias). A Frente Lumbala Nguimbu com a designação dos companheiros Samuel Chiwale, Salomão Mundisa e João Kanuela com missão de estabelecer ligações com as Frentes do Luvuei, Mavinga e fronteira da Zâmbia e finalmente a Frente Luso activada depois de falhadas as duas tentativas de implantação na Frente Teixeira de Sousa e foram designados os companheiros José Kalundungu e mais tarde o companheiro David Jonatão Chingunji Samwimbila com a missão de se influenciar a adesão do povo da capital do destrito do Moxico, Luso e forçar a expansão para a Lunda.


Simultâneamente as FALA passam para a internacionalização da UNITA como Movimento de Libertação. A partir de Maio de 1966, os portugueses apercebendo-se do trabalho de organização e mobilização de actividades subversivas nas diferentes frentes, passam para a ofensiva que provoca refugiados na Zâmbia reconhecidos pelo Alto Comissáriado das Nações Unidas para os refugiados como sendo refugiados da UNITA. 


As estruturas da UNITA e das FALA consolidam-se e a partir desta constatação são planeados ataques mais ousados aos postos de Kassamba a 4 de Dezembro de 1966 sob comando do Dr. Savimbi e Teixeira de Sousa.


Esses ataques cimentaram a confiança das populações na UNITA e permitiram a consolidação da consciência de luta dos angolanos e bem como a internacionalização da UNITA como Movimento de Libertação de Angola em guerra contra o governo facista português.

A evolução na organização e mobilização para implantação dos Comités Locais da UNITA pelas FALA nas Frentes então criadas, testado pelos ataques bem sucedidos as tropas portuguesas em Kassamba e Teixeira de Sousa, levou o Dr. Savimbi a elevar para outro nível de organização militar a estrutura territorial e de comando das FALA com a criação das Regiões Militares:


-1ª- Região Militar sob comando de Isaias Massumba e José Kalundungu, compreendendo as áreas do Lumai, Lukusse, Lutembo, Luonze, Kassamba, Mwangay e Saliente do Kazombo. Foi nesta Região Militar onde tombou em combate o Alto Comandante das FALA a 22 de Fevereiro de 2002 e naquela altura era conhecida por Região Militar 37.


-2ª-Região Militar sob comando de Samuel Chivala (Mwanangola) e Mateus Banda, compreendendo as áreas do Lewa, Lumege, Sandando, Boma, Luso, margem esquerda Lugue-Bungu até ao rio Kwanza;


-3ª-Região Militar sob comando de David Jonatão Chingunji (Samwuimbila), compreendendo as áreas de Teixeira de Sousa, Kassai, Nova Chaves (Mukonda), Kazage, Muriege, Saurimo, Ndala e Buçaco e tendo a leste a fronteira com o Kongo, a nordeste Henrique de Carvalho (Saurimo) e a oeste a estrada Luso (Luena)/Saurimo;


-4ª-Região Militar sob comando de Samuel Piedoso Chingunji (Kapessi Kafundanga-foi antigo furriel no exército português), compreendendo as áreas do Luma Kassai, Mona Kimbundu, Kakolo, Kukumbi, Alto Chikapa e Kapenda Kamulemba;


-5ª-Região Militar sob comando de José Samuel Chiwale, compreendendo as áreas do Chiume, Ninda, Gago Coutinho, Sessa, Kangamba, Kangombe, Muie, Tempue, sul CFB, rio Kwanza até a oeste de Katota;
-6ª-Região Militar sob comando de Francisco Kulunga, compreendendo as áreas de Nerriquinha, Rivungu, Luyana, Mukussu, Kutuilo, Lupire, Mavinga, Kuito Kuanavale até Menongue.


Esta odisseia das FALA teve em todos os momentos a presença de mulheres que muito cedo integraram as guerrilhas e exercendo papéis de apoio administrativo, logístico e de produção agricola. As primeiras mulheres a integrar as guerrilhas foram; Júlia Mukumbi, Saliya Mukumbi, Ekniz Malembo, Desiana Vinona, Nachinoya Cristina, Amélia Mukumbi, Verona Vindundu, Laurinda Chissako, Isalina Kawina (foi a primeira presidente da LIMA), Isabel Kayeye, Salomé Epolua, Eunice Sapassa, Augusta Sakwanda, Catarina Nacheya, Nakapasso Sakwanda, Adelina Chikwama, Celestina Kayeye, Maria Namukumbi, Teresa Celeste e Juliana.


Em 1968, a UNITA realiza a primeira Conferência Anual em Chatuika que traça a linha política a seguir pelo Movimento e a estratégia a ser seguida pelas FALA. Foram, nesta Conferência Anual, nomeados para posições de comando os companheiros Kapessi Kafundanga como Chefe do Estado Maior das FALA, Mwanangola como Comissário Político das FALA, função que não chegou de exercer por ter negado e José Samuel Chiwale como Comandante Geral das FALA. Aos 25 de Dezembro de 1968 são promovidos para os postos de oficiais superiores de Major o Dr. Jonas Malheiro Savimbi Presidente do Movimento e Alto Comandante das FALA, Miguel N’Puna Secretário Geral do Movimento, José Samuel Chiwale comandante geral das FALA, José Kalundungu, Kapesi Kafundanga CEMG das FALA, Samuimbila comandante da Região Militar, Samuel Chivala Mwanangola e Tiago Sachilombo. Na mesma ordem de promoções outros foram promovidos para capitães, descendo até ao nível de sargentos.


As Regiões Militares então criadas consolidaram o território de apoio as guerrilhas o que levou ainda em 1968 a formarem-se as três Bases de Apoio as Guerrilhas. A primeira Base de Apoio as Guerrilhas compreendia as áreas de Kangamba, margem direita do rio Lungue-Bungo e vias de ligação com a Zâmbia sob direcção de Miguel N’Puna. A segunda Base de Apoio compreendia as áreas da margem esquerda do rio Lungue-Bungo, áreas do Luando, Luso, Sautar, era também conhecida por Base Piloto pelas razões de ser dirigida pelo Presidente do Movimento, pela presença de populações com alguma evolução social, pelo CFB como alvo estratégico e postos administrativos coloniais muito mal defendidos. A terceira Base de Apoio era dirigida pelo Comandante Geral das FALA José Samuel Chiwale e compreendia as áreas de Memongue, Umpulo, Mutumbo, Alto Kuito, Luyonde e Munhango.


Nestas Bases de Apoio desenvolveu-se a actividade de autosuficiência alimentar através da agricultura, pesca, apicultura e caça. Organizaram-se inicialmente quatro escolas com os companheiros Rodrigues, David, Pedro Prego, Eunice Sapassa, Augusta Sakwanda e Mário Chilulu Cheya como professores. Até 1970, as escolas tinham-se espalhado por todo território consolidado das guerrilhas. A saúde passou a merecer especial atenção em função dos combates, originando a criação de um Hospital Central na segunda Base de Apoio na área do Volonguelo onde chegaram a ser feitas pequenas cirurgias e amputações como foi o caso dos companheiros Carlos Kandanda, Afonso Jimbu, João Lutukuta e João Kavikelekete. Este Hospital foi dirigido pelo enfermeiro Eduardo Sakwanda.


Nestas Bases de Apoio foram treinadas as primeiras quatro companhias pelo Dr. Savimbi. A primeira companhia de Caçadores Especiais conhecida por “Panteras Negras” operou sob comando do Major Samwimbila na Primeira Base de Apoio. A segunda e quarta companhias também na primeira Base de Apoio. Finalmente a terceira companhia colocada na terceira Base de Apoio. 


A clandestinidade foi um ramo bastante desenvolvido pelas FALA desde os tempos de implantação das guerrilhas nas proximidades da cidade do Luso e em Luanda pelos guerrilheiros presos. 


Até Novembro de 1967, a lista de membros das células clandestinas de Luanda tinha os seguintes nomes: José Maria Moreira Coelho (presidente do comité clandestino da UNITA em Luanda), Honório Vandúnem de Andrade (secretário), Isaías Celestino Chingunfu, Emília da Natividade Silva, Eduardo Daniel Nunda, Júlia Sangumba, Ribeiro, José Santana (da Terra Nova), Jaime João Valentim Chitonho, João Evangelista Kavimbi, Isaac Sangumba, Roberto Chambingo, Marcos Celestino, Alfredo Mariano Kaputu, Israel Kanjaya, Vieira Elambo, Isabel Balombo Solunga, Rita Alexandre, Maria Rodrigues Kalivangue e Domingos. 


Alguns membros destas células clandestinas no Luso e Luanda chegaram a ser presos, cumprindo cadeias em diferentes localidades, sendo: Cadeia do Tarrafal, Eduardo Jonatão Chingunji, César Pedro Kaliengue, Pedro Gonçalves Chimbinda, Lothe Sachikwenda Guilherme, Joel Pessoa, Mário Jamba, Eduardo Sá Moura da Cruz, Nataniel Alfredo Sanekavo, Armando José Chilala, Teodoro Katikilu, Daniel Kassoma Samanda, Afonso Figueiredo, Manuel Chitombi, César da Silva Teixeira; Lothe Soares Sanguiya, João Kahuiyu, Artur Menezes Chinguli, Aurélio Garcia, João Kawawa (estafeta que manteve a ligação cidade/mata), Tiago Pedro, Evaristo Armando e Abraão Kachumbo. Alguns presos em São Nicolau: Afonso Ulika, Domingos Sapusso Avelino, 5 filhos da familia Chingunji, Violeta j. Chingunji, Jeremias (o sinaleiro), Manuel Ekongo, Eduardo Alicerces, Gaspar Avelino Chitulo, Frazão, Kapuepue, Evaristo Miúdo, Silva e Sousa, David Benuar, Chiembele Livingui, Martins Sachole, Filipe Diamantino, Malaquias, Tiago Martinho Epalanga, Tiago Epalanga, Felizberto Gingo e outros.


Assim fica demostrada em sintese a trajectória da missão das FALA na conquista da independência. Até 25 de Abril de 1974 era a única Força Armada organizada e viva que se encontrava no interior de Angola junto o seu Alto Comandante Dr. Jonas Malheiro Savimbi, seu Comandante Geral José Samuel Chiwale, todos comandantes das Regiões Militares, órgãos de apoio e comandantes de unidades.


O testemunho das FALA resiste na sua insígnia bem implantada no fundo de cada um de nós. Esta insígnia de fundo vermelho e uma estrela negra no canto superior esquerdo ilustra bem o sacrifício inegável que tinha de ser consetido no seu papel fronteiriço de “expressão em força da frustração do nosso povo” na busca da independência e liberdade.


Em Angola e durante oito anos de 1966 a 1974, as FALA estiveram na vanguarda desta luta que parecia ser desigual, mas que demostrou ser a mais correcta pelo cariz de orientação política, ideológica e estratégica, inteligência e sagacidade incomparável do seu mentor o Dr. Jonas Malheiro Savimbi. Que muito cedo percebeu os ventos de mudança na política portuguesa em relação a guerra colonial e tendo por isso se antecipado na estratégia das negociações com Portugal e os outros dois Movimentos de Libertação.


As FALA, ficaram extintas através dos Acordos de Bicesse em 1991. Mas fixaram-se na História de Angola através da Sua independência a 11 de Novembro de 1975 e através do Estado Democrático e de Direito em 1992 com as primeiras eleições democráticas de Angola independente.


As FALA, deixaram o seu traço ao transmitirem a sua identidade as FAA (Forças Armadas Angolanas), aos militantes da UNITA e aos angolanos que continuam com a missão de fazer de Angola um país unido e próspero. Este traço é o seu legado que tem por pano de fundo a imagem filosofico-ideológica e política de Jonas Malheiro Savimbi.


Unidos venceremos!
Muito Obrigado!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Morreu adido de imprensa angolano na Tanzânia



Fonte: Angop - 26 Janeiro de 2015

Luanda - O adido de imprensa na embaixada de Angola na Tanzânia, Francisco Cassanda da Silva, morreu na madrugada de hoje (segunda-feira), em Dar es-Salaam, vítima de doença, soube a Angop de fonte oficial.

Francisco Cassanda nasceu na cidade do Dundo, província da Lunda Norte, em 24 de Dezembro de 1962 e ingressou nos quadros da Agência Angola Press (Angop), em 1985.

Para além de ter passado pelos desks político, económico, exterior português e diplomático, desempenhou as funções de sub-editor do desk social e do desk internacional.

De 1989 a 1991 foi repórter da Angop junto da Presidência da República.

Por despacho do então ministro da Comunicação Social de 26 de Julho de 2006 é nomeado para o cargo de adido de imprensa junto da Embaixada de Angola na República da Tanzânia, funções que inicia em 12 de Setembro de 2007 e que ocupa até a data da sua morte.

Polícia não sabe onde está a queixa de Laurinda Gouveia


Ampe Rogério/RA

Fonte: Rede Angola - 24 Janeiro de 2015
Activista apresentou uma queixa por agressão policial que entretanto desapareceu. Laurinda tem agora advogados a tratar do caso.
A Polícia Nacional, em Luanda, desconhece o paradeiro da queixa por agressão policial apresentada pela activista Laurinda Gouveia, que em Novembro passado foi violentamente agredida durante uma manifestação na capital do país.

Ouvido pela Voz da América, o comandante da Divisão da Maianga, Francisco Notícia, que segundo a mesma fonte é acusado de participar nas agressões, disse desconhecer onde está o processo de Laurinda Gouveia e aconselha-a a recorrer ao chefe da investigação criminal da divisão.

Já a Polícia Nacional, em Luanda, não confirma a existência ou não de uma queixa dirigida aos membros da corporação.

Quem também não sabe onde pára a queixa é a própria queixosa,  Laurinda Gouveia. A activista deslocou-se por várias vezes à unidade da Polícia Nacional de Luanda, sem que tenha recebido qualquer resposta sobre o processo. “Eu já não vou lá porque eles estavam a brincar comigo”, disse.

Os seus advogados vão agora formalizar uma nova queixa contra os agressores.
Laurinda Gouveia foi agredia por elementos da Polícia Nacional a 23 de Novembro, enquanto filmava uma manifestação em Luanda. Veja aqui o relato da activista.


Comentando na altura o caso, o Comandante Geral da Polícia Nacional, Comissario Chefe, Ambrósio de Lemos prometeu que o culpado seria identificado e julgado.
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