Fonte: J.A - 19 de Janeiro, 2015
Os candidatos à liderança da FNLA entram esta semana na fase derradeira da campanha eleitoral para a liderança do partido, cuja confirmação acontece domingo, em Luanda, durante o congresso ordinário.
A campanha arrancou no sábado depois de cumpridas várias etapas do processo preparatório. Em Novembro e Dezembro de 2014 foram realizadas assembleias provinciais eleitorais dos delegados ao congresso e pré-candidatos a membros do comité central.
A credenciação dos mandatários dos candidatos foi feita na primeira semana deste mês e, tal como previsto, o período da campanha para a eleição do líder do partido começou 15 dias antes do congresso, que vai reunir 1.501 delegados de todas as províncias do país.
Os candidatos Lucas Ngonda, actual presidente, Fernando Pedro Gomes, David Martins e José Fernando Fula traçaram já as estratégias para convencerem os eleitores. O congresso, que vai aprovar os novos estatutos e o projecto político da FNLA, tem como ponto alto a eleição do presidente do partido.
José Fernando Fula foi o último a ver confirmada a sua candidatura pela comissão preparatória do congresso, que considerou procedente o seu pedido de recurso à interdição inicial por questões estatutárias.
O secretário da FNLA para a informação, Laís Eduardo, falou à imprensa sobre os preparativos do congresso: “os trabalhos vão decorrer em obediência aos princípios estatutários e regulamentares da FNLA e à Lei, pelo que estamos a envidar esforços para realizarmos em boa e devida forma um congresso à altura e dimensão de um partido histórico”.
Laís Eduardo aproveitou a ocasião para desmentir informações de que a actual direcção da FNLA foi forçada a realizar o congresso. Disse ser grande a expectativa em torno dos trabalhos, tendo em conta a natureza dos assuntos a abordar e, sobretudo, o facto da reunião dos delegados ocorrer numa altura em que as forças políticas procuram ajustar as suas agendas aos novos desafios da Nação.
“A direcção do partido reafirma, nos termos do calendário apresentado, o seu firme compromisso e disponibilidade de realizar um congresso inclusivo em respeito aos estatutos e às disposições constantes da resolução do comité central, aprovada a 6 de Setembro de 2014, no quadro da harmonização da família FNLA”, frisou Laís Eduardo.
Recentemente, o actual presidente do partido, Lucas Ngonda, afirmou que a FNLA deve sobreviver às “intempéries do tempo”, daí a necessidade de servir o partido de forma justa e consistente para as gerações futuras e adaptar o partido aos novos tempos, de forma a sobreviver às “armadilhas dos seus adversários políticos”.
Os militantes esperam que a FNLA, que tem dois lugares no Parlamento, possa, com o congresso, resolver as divisões que afectam o histórico partido e acabar com o diferendo que opõe Lucas Ngonda e Ngola Kabango.
A FNLA é a quinta força política na Assembleia Nacional, onde tem dois deputados. O seu líder tem assento no Conselho da República, um órgão de consulta do Presidente da República e Titular do Poder Executivo.
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