sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Polícia regista menos mortes no natal por acidentes de viação



Fonte: Angop/Polícia Nacional de Angola - 26 Dezembro de 2014

Luanda - A Polícia de Transito registou, nas ultimas 24 horas, no país, 58 acidentes de viação com oito mortes, menos seis em relação ao mesmo período de 2013.

O porta-voz do Comando Geral da Policia Nacional (CGPN), Comissário Arestofanas dos Santos, informou á Angop, em Luanda, que os acidentes provocaram, igualmente 50 feridos e houve diminuição de 16 sinistros rodoviários.

A maior cifra registou-se nas províncias de Luanda e Huambo com dez e oito acidentes e três mortes, respectivamente.

O excesso de velocidade, desrespeito as regras de trânsito, condução em estudo de embriaguez, fraca iluminação nas vias, foram algumas das razões dos incidentes.


Serviço de Bombeiros faz balanço das ocorrências

O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB) registou em 2014, em todo o país, 5.639 ocorrências diversas, que resultaram em 917 mortes e 1.238 feridos, de acordo com o relatório anual apresentado pelo comandante António Gimbe.

Das ocorrências destacam-se 2.655 casos de incêndio, 763 acidentes de viação com vítimas encarceradas, 431 afogamentos, 358 desabamentos, 134 derrames de combustível e 79 inundações.
Entre os casos de morte, 552 foram por acidentes, 196 por incêndios e 169 por afogamento. A perda dos danos materiais está avaliada em mais de seis milhões de kwanzas.

O comandante António Gimbe afirmou que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros está numa fase de reorganização, com o reforço de novos quadros. “Pretendemos melhorar o nível de disciplina, para melhor responder às inquietações das populações”.

Os Serviços de Protecçao Civil e Bombeiros estão a alargar em todo o país e 37 municípios já têm cobertura. “Temos uma cobertura de cerca de 60 por cento do território nacional”.

A expansão dos serviços só é possível com recursos humanos suficientes, referiu, acrescentando que nesta altura os bombeiros têm sete mil efectivos, mas até ao próximo ano vai ter um crescimento na ordem dos 100 por cento, com quase 15 mil agentes integrados, o que vai permitir maior reforço e largura dos serviços.

Linhas de crédito

António Gimbe disse que existe em carteira uma linha de crédito com a Espanha e Brasil que vai facilitar a aquisição de meios técnicos que vão melhorar o apetrechamento dos serviços para que a qualidade e a assistência sejam mais eficazes.

“Com reforço da capacidade técnica, na compra de meios ligeiros e pesados, de mais uma frota de ambulâncias, a situação vai melhorar. Os equipamentos que temos ainda não são satisfatórios para atender todas as situações”, disse.

As alterações climáticas, um flagelo que tem surgido em muitas partes do mundo, é uma situação a que Angola também deve estar atenta.

Principais dificuldades

“No país, podemos identificar os casos de inundações em épocas de chuvas e a estiagem registada em alguns territórios que culmina com a seca que afecta a vida de pessoas e animais", referiu António Gimbe.

As principais dificuldades a¬pontadas pelo SPCB é trabalhar no meio urbano, principalmente em situações de emergência, devido à localização geográfica, particularmente em Luanda, por ser uma cidade extensa, onde os quartéis de bombeiros ainda não estão instalados nos principais pontos.

"Só esta situação contribui para a retirada da qualidade do serviço prestado. Estamos neste momento a criar meios para fazermos assistência aérea através de helicópteros para facilitar esses casos", disse o comandante. “Somos parceiros incansáveis para a prevenção e socorro em casos de sinistralidade rodoviária e a nossa tarefa é redobrada porque grande parte dos acidentes no país resultam em vítimas encarceradas ou com as viaturas em chamas e esta tarefa é atribuída aos nossos serviços.”

O SPCB tem 37 destacamentos em quase todas as províncias do país para socorrer casos de acidentes nas principais estradas e estão em construção mais cinco. O Serviço de Bombeiros tem um plano de contingência para dar resposta nos postos de emergências médicas, no âmbito da sinistralidade rodoviária, no meio balneário e outros procedimentos.

Os indicadores apresentados recentemente pelo Instituto Nacional de Meteorologia referem que nesta época há registo de muita chuva.

O dirigente apontou como pontos mais críticos de Luanda, o município do Cazenga, distrito do Sambizanga e a parte baixa da cidade, mas acredita que “com o trabalho de limpeza das valas de drenagem feito antes das chuvas, a situação possa ser mais controlada”.

A maior causa dos incêndios é o curto-circuito, com 951 casos, seguido da negligência (765), fogo posto (466), auto inflamação (184) e fuga de gás (150). As zonas periféricas são as mais afectadas, com 1.879.
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