domingo, 19 de maio de 2013

Norberto Garcia diz que Chivukuvuku e Samakuva são “queixinhas”




Fonte: Angop - 19 Maio 2013

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Os líderes da UNITA e da CASA CE são “queixinhas” que procuram no estrangeiro o apoio que não conseguem em casa, disse Norberto Garcia secretário para os assuntos políticos, sociais e económicos do MPLA em Luanda. Falando no programa “Angola Fala Só” Garcia fez uma acérrima defesa do governo angolano, do presidente e do seu partido perante perguntas dos ouvintes que abordaram as mais diversas questões desde a corrupção ao desaparecimento de dois activistas políticos, Alves Kamolingue e Isaías Cassule, há quase um ano.

Norberto Garcia criticou as deslocações ao estrangeiro de Abel Chivukuvuku da CASA CE e de Isaías Samakuva que se deslocaram a diversos países estrangeiros para apresentarem a sua visão sobre a situação em Angola.

“Já se viu algum partido da oposição de outro país vir a Angola fazer queixinhas?,” interrogou este dirigente do MPLA em Luanda.

“Samakuva e Chivukuvuku vão para o estrangeiro fazer queixinhas porque não conseguem ganhar eleições em casa,” disse Norberto Garcia que criticou também uma recente declaração do vice presidente da CASA CE, Lindo Bernardo Tito, que disse recentemente que Angola “é um barril de pólvora”.

“Angola não é um barril de pólvora, é um país estável,” disse Norberto Garcia que convidou os críticos a verem o que se passa nas embaixadas angolanas no estrangeiro onde milhares de pessoas pedem vistos para virem para Angola.

“São pessoas que querem vir para Angola porque confiam em Angola, porque há crescimento em Angola, porque há estabilidade em Angola”, disse aquele militante do MPLA.

Interrogado sobre o desaparecimento há quase um ano dos activistas Alves Kamolingue e Isaías Cassule, o secretário provincial do MPLA em Luanda para assuntos políticos, económicos e sociais, disse estar confiantes que as autoridades competentes “vão oportunamente pronunciar-se sobre esta matéria”.

“Eu não tenho competências de investigação mas tenho confianças nas nossas instituições,” disse Garcia que repetiu por duas vezes a sua certeza de que as autoridades se irão pronunciar “oportunamente” sobre a questão.

Interrogado por um ouvinte do Bié sobre casos específicos de suborno, Norberto Garcia garantiu que ele próprio iria telefonar ao governador dessa província para investigar os alegados casos, um deles num banco onde funcionários teriam exigido “gasosa” para abrirem crédito.

“O MPLA não aceita o sistema da gasosa,” disse Norberto Garcia.

“Vamos atrás daqueles que querem pôr em causa o bom nome das instituições,” acrescentou apelando aos cidadãos para se queixarem sempre que depararem com pedidos de suborno.

Norberto Garcia, embora reconhecendo que possa ter havido “erros” cometidos pelo MPLA durante a guerra, defendeu que o seu partido sempre foi pela paz.

“A verdade é que houve algumas pessoas que tiveram que desaparecer para haver a paz,” disse.

Um ouvinte telefonou indignado sobre esta questão afirmando que os seus avós tinham sido mortos por uma coluna de soldados das FAPLA e de cubanos durante a guerra enquanto outro mencionou atrocidades cometidas pelo MPLA nas purgas do 27 de Maio após a revolta de Nito Alves e outros incidentes.

Norberto Garcia disse que o MPLA tem a capacidade critica de reconhecer os seus erros e possíveis excessos cometidos durante a guerra e pedir desculpas quando elas são necessárias mas disse que “mesmo durante a guerra o MPLA sempre apregoou que não se fizesse mal às pessoas”.

Garcia defendeu também o papel do Presidente José Eduardo dos Santos nesta questão recordando que mesmo quando existia a pena de morte o chefe de estado sempre foi contra ela perdoando muitos condenados à morte.

Norberto Garcia negou que houvesse intolerância política por parte do MPLA atribuindo muitos confrontos no interior do país a “questões pessoais e particulares”.
O MPLA, disse, governa Angola em nomes de todos os angolanos e não apenas dos militantes do MPLA.

Norberto Garcia reconheceu as dificuldades porque ainda atravessa o país mas citou estatísticas sobre os avanços registados nos últimos anos.

Contudo, disse numa referência ao período de paz no país, “não se faz um país em 11 anos”.

O dirigente partidário concordou com um ouvinte afirmando que os parlamentares deveriam sair mais à rua” para conversarem com aqueles que representam.
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