terça-feira, 21 de maio de 2013

A UNITA não gostaria de liderar um levantamento popular em Angola, disse Samakuva




Fotos da manifestação popular organizada pela UNITA aos 19 de Maio de 2012

Fonte: Drowski/Pedrowski Teca

Ontem, numa entrevista exclusiva conduzida pelo jornalista Mário Crespo na SIC Notícias, o presidente do maior partido da oposição angolana, Isaías Samakuva, afirmou que o seu partido não gostaria de liderar uma primavera angolana.

O líder da UNITA disse que uma primavera angolana ou levantamento popular, tem sido o pedido da população angolana mas que o seu partido pensa diferente.

 

“A tensão social começa a crescer ao ponto de que a população hoje olha para a UNITA e pergunta o porque a UNITA não aceita liderar uma primavera angolana. Ora as primaveras aconteceram ao norte de Àfrica e nós pensamos que em Angola isso requer muita atenção, muito cuidado”, disse Samakuva durante a entrevista.

Quando questionado pelo jornalista Mário Crespo se a UNITA está disposta a liderar uma primavera, Isaías Samakuva disse que o seu partido não gostaria de liderar uma primavera angolana mas que gostaria de liderar uma mudança. 

“A que é diferente. A primavera implicou nos países do norte de África, alguns protestos de certa forma violentos, que no nosso país certamente iria causar situações mais difíceis”, esclareceu Samakuva.

 

O jornalista também questionou se a UNITA exclui o recurso à força, visto que Isaías Samakuva alertou em Madrid, Espanha na sexta-feira, 17 de Maio, de que Angola caminha para um risco de um novo conflito sangrento caso não haja democracia no país.

Samakuva disse que a UNITA não gostaria “de recorrer à força de maneira nenhuma”.

“Não gostaria de recorrer à força, quer dizer que não a exclui?” questionou o jornalista.

Samakuva deixou patente que o conflicto social a que se refere já não é sobre a UNITA contra o governo.
“O conflicto, isto é preciso que esteja bem patente, o conflicto que se está a desenvolver em Angola é entre a população, entre o povo e o MPLA. Entre o povo e o Presidente José Eduardo dos Santos”, disse.

Samakuva patenteou que “já não haverá em Angola um conflito entre a UNITA e o Governo”. 

“Naturalmente, nós que já temos essa experiência do passado, achamos que se os angolanos, juntamente com a comunidade internacional que está interessada no nosso país, está interessada em desenvolver os seus negócios no nosso país, se todos trabalharmos no sentido de pressionarmos o Governo do Presidente José Eduardo dos Santos para que preste atenção à estas situações, nós queremos crer que a mudança pode se verificar sem o uso de nenhuma violência”, rematou.

 

Nos últimos dias, o líder da UNITA chefia uma delegação que realizou um períplo para “alertar a comunidade internacional sobre a necessidade de uma mudança de regime que volte a privilegiar a democracia e a identidade angolana”.


A viagem terminou em Portugal mas antes, a delegação passou em países como o Estados Unidos da América, o Reino Unido, a França, a Espanha, a Bélgica e a Holanda.

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