domingo, 23 de junho de 2013
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Novas demolições em Luanda: Mais de mil pessoas deixadas ao relento num bairro adjucente a Nova Centralidade do Kilamba
Fonte: Drowski3.blogspot.com
Luanda - Na passada sexta-feira, 22 de Junho de 2012, efectivos da PolÃcia Nacional da Divisão de Viana, a PolÃcia de Intervenção Rápida, agentes fiscais e a PolÃcia Militar transportados em mais de 28 carros e devidamente armados e auxiliados com 4 máquinas tractores escavadoras, demoliram as casas de mais de mil cidadãos frente a Nova Centralidade do Kilamba.
Numa entrevista feita a telefone e gravada, o administrador Municipal de Viana, José Fernandes mais conhecido por Zeca Moreno, afirmou não ter nada haver com o assunto e que os desalojados deviam voltar para onde sairam anteriormente.
Há informações de que o terreno, onde as mais de mil pessoas residiam, pertence à uma senhora que pediu o auxÃlio das autoridades.
“Eles têm que voltar onde sairam. Isso não é problema nosso” disse Zeca Moreno.
Na presença de forças de segurança do MunicÃpio de Viana, os moradores afirmam que as demolições forçadas foram realizadas a mando do administrador, e este disse em entrevista, disse não ser da sua competencia saber quem é a dona que alegadamente pagou para demolirem as casas.
Os populares alegam que não houve aviso prévio quando no periodo das 15 às 18 horas de sexta-feira, as suas casas foram demolidas e na tentativa de recuperar alguns bens, as forças da ordem espancaram os desalojados e que um deles teve de ser socorrido num hospital.
O bairro que actualmente encontra-se em escombros, localiza-se próximo a estação de serviço PUMANGOL da Nova Centralidade do Kilamba e da extensao da Vila Flor que começa a partir da auto estrada.
“Os que tentavam aproveitar alguma coisa eram batidos e uma pessoa parou no hospital,” afirmaram os desalojados e acrescentaram que para além de casas, também foram demolidas escola e um posto médico local.
Em entrevista com a Drowski NotÃcias ao telefone, os moradores disseram que vivem naquela zona há dois anos mas que devido as demolições, encontram-se ao relento mais de mil crianças, mulheres, homens e idosos sem os seus pertences.
“Nós compramos os terrenos e erguemos as casas, agora quem vai pagar os prejuizos?” questionou um dos moradores.
Em jeito detalhado, os moradores afirmaram que o aparato policial, que era comandado por um agente “forte, escuro”, afirmou que apenas estava a cumprir “ordens superiores” porque o vasto terreno pertencia à uma senhora que pediu as autoridades que retirassem os moradores e que a operação não era do conhecimento do Governo Provincial.
“O comandante da operação disse-nos que lamentava a situação e que apenas estava a cumprir ordens superiores. Aconselhou-nos a voltarmos a construir quando eles sairem”, afirmaram.
Os moradores disseram ainda que em busca de auxÃlia, já tiveram contactos com o jornalista EurÃbio Fernando na Rádio Despertar e a reporter da TV Zimbo, Cláudia Nanda que prometeu aparecer no local.
Ontem, os moradores também foram à Rádio Eclésia onde foram informados a voltarem a passar por lá noutro dia porque a mesma esteve a fazer cobertura de um programa religioso.
A notÃcia chegou à Drowski através de um grupo de jovens do Movimento Revolucionário, dentre eles Adolfo Campos, Amândio, Alex, Gildo, Euclides e outros, que visitaram a área e constaram em primeira mão as casas destruidas daqueles moradores.
Testemunhando o incidente, os jovens do Movimento Revolucionário usaram os seus telefones que auxiliou na entrevista com os moradores e têm gravada da conversa com o administrador de Viana.
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