Fonte:
Jornal de Angola | 21 de Maio, 2013
Sumbe - O secretário de Estado para os Assuntos
Institucionais do Ministério da Administração do Território manifestou ontem no
Sumbe a disponibilidade do Executivo para promover, de modo organizado, um
debate sobre a instalação das autarquias locais em Angola.
Adão de Almeida, que falava na
abertura do ciclo de conferências sobre a experiência autárquica, que teve como
oradores especialistas sul-africanos, referiu que a criação do poder autárquico
“é um processo e não um acto isolado e envolve, entre outros objectivos, a
realização de um exaustivo diagnóstico da administração local do Estado”.
A definição do perfil dos recursos
humanos da futura Administração Autárquica e das atribuições e competências a
transferir para as autarquias locais, bem como um estudo rigoroso das
potencialidades de cada município, afirmou, são questões que devem ser
aprofundadas.
Na conferência sobre a “Experiência
Autárquica Sul-Africana”, os participantes falaram sobre “a dinâmica
descentralizadora, pacote legislativo, sistema fiscal e recursos humanos e
formação”.
O ciclo de conferências sobre
experiências autárquicas, promovido pelo Ministério da Administração do
Território com o apoio do Instituto de Formação de Administração Local (IFAL),
destinou-se a aprofundar conhecimentos autárquicos relevantes a nível
internacional para se fazer uma análise comparativa que contribua para o
processo de descentralização em Angola.
Para estas conferências, foram
seleccionadas seis experiências autárquicas com relevância internacional que
podem oferecer elementos significativos ao processo de descentralização do
país: Cabo Verde, Brasil, África do Sul, Espanha, Moçambique e Uganda. O
secretário da Presidência da República para a Administração Local, Adelino
Peixoto, o governador do Kwanza-Sul, Eusébio de Brito Teixeira, e o director do
IFAL, Ismael Mateus, assistiram à sessão de abertura.
Na iniciativa, que terminou ontem,
participaram deputados à Assembleia Nacional pelos círculos de Benguela e do
Kwanza-Sul, membros do Governo Provincial, representantes dos partidos
políticos com assento no Parlamento.
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