domingo, 26 de maio de 2013

Desemprego de jovens é uma das principais ameaças à paz em África - embaixador






Fonte: Angop – 25.05.2013 

Luanda – O embaixador de Cabo Verde e decano do corpo diplomático em Angola , Domingos Mascarenhas, afirmou hoje, sábado, em Luanda, que o desemprego de jovens é actualmente uma das principais ameaças à paz em África. 

O diplomata, que discursava na cerimónia oficial nacional das celebrações do Dia de África, que hoje se assinala, referiu que a questão do combate a pobreza deve considerar a atenção acrescida das lideranças africanas, promovendo acções geradoras de emprego assentes na diversificação da económia e orientadas para a inclusão social, sobretudo de jovens, criando deste modo condições para prevenir conflitos. 

Salientou que, este ano, o relatório de Desenvolvimento das Nações Unidas foi dedicado à temática da ascensão dos países do sul, no seu conjunto, mas destacando a contribuição de países africanos na melhoria dos indicadores do desenvolvimento humano. 

"Só continuaremos na senda ascendente do desenvolvimento se conseguirmos fazer com que os jovens beneficiem de adequados programas de educação, saúde, protecção e inclusão social, o que esta perfeitamente ao alcance das lideranças e dos próprios jovens africanos", disse. 

Para o embaixador, comemorar os 50 anos da criação da Organização de Unidade Africana oferece-nos a oportunidade e impõe-nos o dever de relembrar e homenagear os líderes africanos que lutaram para a conquista da liberdade, soberania e dignidade dos povos africanos. 

Domingos Marscarenhas disse que "este é o lugar e hora certa para mencionar alguns destes ilustres africanos como Haile Selassié, Kwame Nkrumah, Julius Nyerere, Léopold Sédar Senghor, Kenneth Kaunda, Patrice Lumumba, Gamal Abdel Nasser, Eduardo Mondlane, Amilcar Cabral , Agostinho Neto, Saramora Machel, entre outros". 

Acrescentou que todos sabemos que sem a contribuição destes homens seguramente que não teríamos a África que temos hoje.

"Não que tenham estado estes homens ao abrigo de erros, nenhum deles era infalível, mas uma coisa todos estiveram certo, fizeram o que lhes coube fazer no contexto da sua época para que pudéssemos estar hoje aqui livres, soberanos com voz", argumentou. 

Acrescentou importante sublinhar isso devido a facilidade com que muitos tendem a avaliar hoje o papel de muitos lideres africanos, ignorando o exacto contexto histórico do seu pensamento e da sua acção. 

Nestes anos, referiu, verificaram-se vários avanços nos diferentes domínios, embora seja necessário reconhecer que houve casos em que se registaram também retrocessos significativos, mormente no que respeita ao desenvolvimento económico e social, devido sobretudo a falência do Estado e a ineficiência e ineficácia governativa. 

Mas hoje já vai sendo muito comum ouvir-se a afirmação de que o continente africano está diante uma oportunidade única de transformação e de crescimento sustentável o que significa a esperança , o optimismo e a determinação da maior parte das lideranças africanas na definição de politicas cada vez mais ambiciosas para os seus países.
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