Luanda - A secretária-geral da OMA, camarada Luzia Inglês
Van-Dúnem “Inga”, lamentou, quinta-feira (30) a falta, do ponto de vista
prático, de uma verdadeira unidade entre os países africanos.
“Somos a lamentar que a construção de uma verdadeira
unidade entre os países membros é, ainda, inexistente. Os exemplos disto são os
golpes de Estado e as guerras civis no continente”, referiu a líder da maior
organização feminina de Angola.
Aquela dirigente fez estes pronunciamentos durante
uma palestra, no quadro das celebrações do 25 de Maio, Dia de África, tendo
sustentado que a maioria dos países do continente tem governos democraticamente
eleitos, exemplificando o caso de Angola que, em 2012, realizou o terceiro
pleito eleitoral da história do país.
“Angola, felizmente, vive hoje momentos de boas relações
com outros países da região e tem sido um exemplo de unidade nacional. O
civismo demonstrado no pleito eleitoral de 2012, em que o povo,
voluntariamente, determinou a liderança que conduz os destinos deste país é um
exemplo disto”, realçou.
Contribuição da mulher e papel da OMA
Por outro lado, Inga confirmou que as mulheres
africanas têm contribuído com iniciativas, para solucionar problemas do género,
criando projectos de auto-capacitação, que lhes atribui relevância nas
distintas sociedades.
“Devemos continuar a trabalhar juntas, para uma
sociedade mais justa e mais humana. A OMA sempre distinguiu-se na defesa do
reconhecimento e aplicação do direito da mulher na participação de tomada de
decisões em todos os domínios”, afirmou.
Essa palestra foi promovida pela OMA e esteve
subordinada ao tema “Contributo das mulheres africanas na promoção da Paz”.
Nela participaram membros do corpo diplomático acreditado em Angola, deputados
da Assembleia Nacional e as ministras-conselheiras de Cuba e de Portugal,
Margot Castro Parhega e Rita Laranjeira, respectivamente.
A OMA (Organização da Mulher Angolana) é a
organização feminina do MPLA, cujo objectivo é mobilizar, organizar e educar as
mulheres, para a realização dos ideais políticos do Partido.
Organização de âmbito nacional, foi fundada, no
exílio, em 1962, ainda durante a Luta de Libertação Nacional, na então cidade
de Léopoldville, hoje Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.
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