Fotos da manifestação popular organizada pela UNITA aos 19 de Maio de 2012 |
Fonte: Drowski/Pedrowski Teca
Ontem, numa
entrevista exclusiva conduzida pelo jornalista Mário
Crespo na SIC Notícias, o presidente do maior partido da oposição angolana, Isaías
Samakuva, afirmou que o seu partido não gostaria de liderar uma primavera
angolana.
O líder da UNITA disse que uma primavera angolana ou levantamento
popular, tem sido o pedido da população angolana mas que o seu partido pensa
diferente.
“A
tensão social começa a crescer ao ponto de que a população hoje olha para a UNITA
e pergunta o porque a UNITA não aceita liderar uma primavera angolana. Ora as
primaveras aconteceram ao norte de Àfrica e nós pensamos que em Angola isso
requer muita atenção, muito cuidado”, disse Samakuva durante a entrevista.
Quando questionado pelo jornalista Mário
Crespo se a UNITA
está disposta a liderar uma primavera, Isaías Samakuva disse que o seu partido não
gostaria de liderar uma primavera angolana mas que gostaria de liderar uma
mudança.
“A
que é diferente. A primavera implicou nos países do norte de África, alguns
protestos de certa forma violentos, que no nosso país certamente iria causar
situações mais difíceis”, esclareceu Samakuva.
O
jornalista também questionou se a UNITA exclui o recurso à força, visto que Isaías
Samakuva alertou em Madrid, Espanha na sexta-feira, 17 de Maio, de que Angola
caminha para um risco de um novo conflito sangrento caso não haja democracia no país.
Samakuva disse que a UNITA não gostaria “de recorrer à força de maneira
nenhuma”.
“Não
gostaria de recorrer à força, quer dizer que não a exclui?” questionou o
jornalista.
Samakuva
deixou patente que o conflicto social a que se refere já não é sobre a UNITA
contra o governo.
“O
conflicto, isto é preciso que esteja bem patente, o conflicto que se está a
desenvolver em Angola é entre a população, entre o povo e o MPLA. Entre o povo
e o Presidente José Eduardo dos Santos”, disse.
Samakuva
patenteou que “já não haverá em Angola um conflito entre a UNITA e o Governo”.
“Naturalmente,
nós que já temos essa experiência do passado, achamos que se os angolanos,
juntamente com a comunidade internacional que está interessada no nosso país,
está interessada em desenvolver os seus negócios no nosso país, se todos
trabalharmos no sentido de pressionarmos o Governo do Presidente José Eduardo
dos Santos para que preste atenção à estas situações, nós queremos crer que a
mudança pode se verificar sem o uso de nenhuma violência”, rematou.
Nos
últimos dias, o líder da UNITA chefia uma delegação que realizou um períplo para “alertar a comunidade
internacional sobre a necessidade de uma mudança de regime que volte a
privilegiar a democracia e a identidade angolana”.
A viagem terminou em Portugal mas antes,
a delegação passou em países como o Estados Unidos da América, o Reino Unido, a
França, a Espanha, a Bélgica e a Holanda.
Ver mais fotos na página do Facebook AQUI.
0 comentários:
Enviar um comentário