domingo, 4 de janeiro de 2015

Missão de Angola na ONU reforçada




Fonte: Jornal de Angola - 02-01-2015

A missão de Angola nas Nações Unidas foi reforçada com mais dez diplomatas na sequência da eleição para membro não permanente do Conselho de Segurança, revelou o embaixador Ismael Martins.


“O reforço dos diplomatas tem como base objectivos claros que foram traçados em Luanda durante vários seminários. Temos uma missão reforçada, mais bem preparada. Temos diplomatas seniores que vão colaborar comigo de perto e eu penso que estamos a atingir o nível de preparação que se espera duma missão como a de Angola”, explicou.

O embaixador sublinhou que existe uma agenda estruturada onde sobressai  a paz e a segurança. “Angola vai olhar fundamentalmente para a Região dos Grandes Lagos, cuja liderança do Presidente José Eduardo dos Santos tem sido bastante respeitada e bem recebida em África, mas também a nível internacional e nas Nações Unidas”, acrescentou.

Garantir que os países africanos em guerra ponham termo aos conflitos armados e a independência económica do continente, constituem os principais desafios de Angola, como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.

A perspectiva é do representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, embaixador Ismael Martins, em declarações à Rádio Nacional de Angola, em Nova Iorque, por ocasião do início do mandato de Angola como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.  

O diplomata afirmou que na agenda de Angola no Conselho de Segurança consta a  contribuição para a solução dos principais problemas que África ainda enfrenta, nomeadamente a fome e a eliminação de conflitos armados.

Ismael Martins sublinhou que para Angola é fundamental os conflitos serem resolvidos através do diálogo participativo da comunidade internacional. Angola vai estar no centro desse debate. E pretende continuar a ter um papel activo.
O embaixador de Angola na ONU recordou a contribuição do país para o fim da crise na República Democrática do Congo e os esforços para pôr fim ao conflito na República Centro Africana (RCA).

“Queremos ser participantes e respeitados para apontar as soluções que passam pelo diálogo e prevenção de conflitos, para evitar que estes se extremem ou caiam numa situação de quase genocídio, como se estava a assistir na RCA”, frisou.

O embaixador Ismael Martins referiu como exemplo de saída de crises, a forma como Angola resolveu o seu conflito, através da reconciliação, diálogo e respeito pela vida humana.

Angola foi eleita a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU a 16 de Outubro de 2014, em Nova Iorque, ao conseguir 190 dos 193 votos expressos.

Esta é a segunda vez que Angola é eleita para o Conselho de Segurança, onde pontificam as cinco potências membros permanentes: EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, com direito a veto. A primeira eleição para o órgão ocorreu a 27 de Setembro de 2002, quatro meses depois do fim da guerra e do estabelecimento da paz definitiva.

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