Fonte: Angola24Horas
Oitocentos e 84 cidadãos estrangeiros, de um total de três mil e 45 interpelados, encontram-se actualmente detidos devido a sua situação migratória ilegal, na sequência de uma operação desencadeada pelo Ministério do Interior nos dias 19 e 20 do mês em curso em Luanda.
O grupo de imigrantes ilegais é constituído por cidadãos de Portugal, da República Democrática do Congo, Guiné Conakry, Mali e mais de 300 chineses.
"Muitos desses cidadãos não possuem consigo documentos de viagem, passaportes. Muitos deles até nem estão definidas as suas nacionalidades", referiu o responsável, sublinhando a necessidade de serem contactados os consulados dos respetivos países para a identificação.
Segundo um comunicado de imprensa do referido Ministério, no quadro desta acção foram libertados dois mil e 161 cidadãos após o rastreio da respectiva documentação, enquanto os 884 elementos mantêm-se detidos no Centro de Detenção de Estrangeiros Ilegais (CDEI), estando em curso as diligências jurídico-administrativas necessárias para o seu repatriamento.
O documento realça, por outro lado, que vários cidadãos nacionais que, de forma criminalmente dolosa, têm fomentado e auxiliado a continuidade da imigração ilegal, transportando e ocultando imigrantes ilegais pelo país.
“Aos cidadãos que têm incorrido nestas práticas, o Ministério do Interior adverte que uma vez identificados serão amplamente responsabilizados e punidos de acordo com os ditames da legislação em vigor”, alerta este órgão ministerial, exortando a população a manter-se vigilante e a denunciar os casos que tenham ou venham a ter conhecimento.
A nota lembra ainda que são largamente conhecidos os efeitos adversos que o intenso fluxo migratório ilegal pode provocar à economia, ao “modus vivendi” e ao bem-estar da nação angolana, pelo que todos os angolanos devem colaborar na eliminação destas práticas.
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