domingo, 4 de agosto de 2013

Estados criam fundo para gerir Okavango


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Fonte: Jornal de Angola - 4 de Agosto, 2013

Os ministros da Hotelaria e Turismo dos cinco países membros do projecto transfronteiriço Okavango/Zambeze, Angola, Zâmbia, Namíbia, Botswana e Zimbabwe, reúnem-se na próxima quarta-feira em Menongue para criarem um fundo que resulta das contribuições dos países.

Os ministros da Hotelaria e Turismo dos cinco países membros do projecto transfronteiriço Okavango/Zambeze (Angola, Zâmbia, Namíbia, Botswana e Zimbabwe) reúnem-se na próxima quarta-feira em Menongue, para analisar, entre outras questões, a criação de um fundo que resulta das contribuições de todos.

O objectivo é garantir que algumas actividades relacionadas com o projecto turístico internacional possam ser executadas sem qualquer sobressalto. A reunião vai avaliar o grau de execução das tarefas agendadas no encontro anterior, com realce para a parte angolana que, fruto do conflito armado, mais atrasos regista na aplicação do projecto.

O membro da coordenação executiva do projecto Okavango/Zambeze (também designado por KAZA, na sigla inglesa), João Baptista Gime, disse que o Governo Provincial criou todas as condições para a reunião que vai juntar os ministros da Hotelaria e Turismo de Angola, Zâmbia, Namíbia, Botswana e Zimbabwe.
A reunião vai analisar ainda o processo de desminagem das áreas de Angola abrangidas no projecto, metas alcançadas até agora e o Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI), sobretudo em matérias de construção de infra-estruturas hoteleiras, vias de acesso e acções administrativas dos funcionários do KAZA a nível regional.

João Baptista Gime realçou que a reunião ministerial é precedida de um encontro da comissão de gestão conjunta dos técnicos dos cinco países membros do KAZA que a partir de sábado começaram a preparar os documentos que a serem discutidos na reunião ministerial. Os cinco ministros da Hotelaria e Turismo vão ainda fazer o lançamento oficial da primeira pedra para a construção da sede do escritório do KAZA na componente angolana, no município do Cuito Cuanavale, e uma visita ao memorial em homenagem aos heróis da histórica Batalha do Cuito Cuanavale, uma das principais atracções turísticas da região.

Trabalhos de desminagem

João Baptista Gime disse que da parte angolana, com destaque para a província do Kuando-Kubango, o processo de desminagem constitui até ao momento um dos grandes impasses para a aplicação do projecto. Para o efeito, o Executivo investiu na limpeza das áreas que ainda apresentam ameaças de minas. Neste momento, sublinhou, estão livres de minas a via que liga a comuna do Luiana/sede municipal do Rivungo, Buabuata/Jamba/Luiana. Decorre ainda o processo de desminagem do percurso Mucusso/Mavinga/Rivungo e nos parques nacionais do Luengue e Luiana.

O responsável referiu que nestas empreitadas estão engajadas as operadoras do Instituto Nacional de Desminagem (INAD), da Polícia de Guarda Fronteira e da Engenharia Militar, que estão a desminar os principais pontos para a aplicação do KAZA. “As principais vias de acesso no perímetro do KAZA estão todas praticamente desminadas. Facto que permitiu ao governo provincial construir os postos fronteiriços de Buabuata e do Sissué, no Bico de Angola, no sentido de garantir a inviolabilidade das nossas fronteiras”, disse.

O projecto Okavango/Zambeze na parte angolana começa no município do Cuito Cuanavale, passando pelas localidades de Mavinga, Rivungo, Dirico até ao Bico de Angola, numa extensão de cerca de 90 mil quilómetros quadrados, dos 444 mil quilómetros quadrados que abrange. O plano de acção para a aplicação deste projecto em Angola passa ainda pela organização dos parques nacionais do Luiana (Rivungo) e do Luengue (Mavinga), que neste momento estão a trabalhar para o arranque das obras de construção de infra-estruturas sociais, formação de quadros, entre outros serviços de apoio.

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