sábado, 22 de junho de 2013

“O Movimento revolucionário deve continuar a manifestar-se”, diz Chivukuvuku no encontro com os jovens revolucionários



Fonte: Drowski3.blogspot.com

Decorreu hoje o encontro dos jovens do Movimento Revolucionário (MR), um grupo de cidadãos que realizam intervenções sociais desde 2011, com a liderança da segunda maior força política de Angola, a Convergência Ampla para a Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE).

O encontro que começou as 10h30, teve a duração de 3 horas e os jovens do MR tiveram a oportunidade de interagir com o Presidente da CASA-CE, Abel Epalanga Chivukuvuku e membros de direcção, incluindo deputados da mesma coligação política.

A reunião foi uma iniciativa do MR que também pretende manter o mesmo encontro com as outras formações políticas e cívicas de Angola.

Na sede da CASA-CE, deu-se o início do encontro aàs 10h30 com uma nota de boas vindas por parte de Abel Chivukuvuku, que seguiu-se de uma breve explicação por parte do Secretário Nacional da Juventude da CASA-CE, Rafael Aguiar, informando os membros do Movimento Revolucionário sobre o encontro que teve, na companinha de 29 organizações juvenis, com o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Entretanto, sendo o encontro uma iniciativa do Movimento Revolucionário, deu-se a palavra aos mesmos que tiveram como porta-voz naquela ocasição, o jovem activista Pedrowski Teca.

O activista interviu consoante uma agenda preparada:
a) Apresentação;
b) Objectivo do encontro;
c) Ponto de situação do Movimento Revolucionário;
d) Propostas do Movimento Revolucionário aos partidos da oposição e à sociedade civil;
e) Perguntas e respostas entre membros do MR e da CASA-CE.

Feitas as apresentações, Pedrowski Teca explicou que o objectivo do encontro na sede nacional da Convergência Ampla para a Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), era a busca de pontos convergentes e o traçar de novas estratégias que visam fortificar a unidade e solidariedade entre a coligação política e o Movimento.

O jovem activista lamentou que em suas actividades, o Movimento Revolucionário tem tido pouco apoio da CASA-CE e como também dos outros partidos, que apenas observam-os a passarem pelas vicissitudes do activismo sócio-político e apenas intervêm verbalmente quando os chamados “jovens revolucionários” são barbaramente espancados e detidos pela Polícia Nacional.

Afirmou que o encontro destina-se à procura da unidade e solidariedade, não só na teoria mas também na prática, isto é, pela participação activa da CASA-CE nas actividades do Movimento Revolucionário na defesa dos interesses do povo Angolano.

Falando do ponto de situação do Movimento Revolucionário, o porta-voz do MR no encontro, afirmou que o Movimento nasceu de forma expontânea e anárquica mas que chegou a altura em que se quer tentar a organização e estruturação da mesma, o processo este que está em curso.

Disse também que o MR solicitou o diálogo afim de realizar a unidade e solidariedade entre as forças interventivas do país, tendo como objectivo, a criação de relações e planos de intervenção à curto e longo prazo.

Entre os problemas a serem resolvidos urgentemente, mencionou-se os casos de detenções e desaparecimentos de Emiliano Catumbela (27 Maio 2013), Negro Py (7 Março 2013), Isaías Kassule e Álves Kamulingue (27 e 29 Maio 2012), e a mais recente detenção de outro membro do MR, João Ambrósio.

O Movimento fez duas propostas à CASA-CE, que após consulta interna com o Conselho Presidencial, Abel Chivukuvu irá pronunciar-se sobre a posição daquela formação política diante das propostas.

Por questões estratégicas, as duas propostas e outras a serem feitas apenas serão divulgadas após o balanço interno do Movimento Revolucionário, no término das reuniões com os partidos políticos Angolanos.

Consoante a agenda, seguiu-se as perguntas e respostas entre membros do MR e da CASA-CE e estas foram algumas das posições principais do seu líder, Abel Chivukuvuku e membros da direcção daquela coligação:

- A CASA-CE e o Movimento Revolucionário têm os mesmo objectivos a cumprirem mas diferem nos métodos ou formas de actuação e que podem colaborar nos seus pontos convergentes e usou-se a frase: “todos os caminhos levam à Roma”;
- A CASA-CE incentiva o Movimento Revolucionário a continuar a realizar manifestações pacíficas porque este é o forte deste grupo e é uma característica natural de actuação dos jovens;
- A realização de manifestações não constitui prioridades nas formas de actuação da CASA-CE mas não é uma ferramenta excluida na mesma organização;
- A CASA-CE poderá participar em manifestações que tenham os objectivos bem definidos;
- A CASA-CE não acredita na homogeniedade das intervenções ou actividades políticas mas defende a diversidade de actuação de várias forças que procuram a mudança no país;
- O Movimento Revolucionário deve concluir o seu processo de organização interno para melhor coordenar as suas actividades e as suas formas de actuação;
- A CASA-CE vai analisar as duas propostas feitas e brevemente dará as respostas ao Movimento Revolucionário;

Portanto, várias questões adicionais, que inquietam a juventude, foram postas aos deputados da CASA-CE e houve um diálogo intenso que foi considerado saudável pelo líder da bancada parlamentar da CASA-CE, o Almirante André Gaspar Mendes de Carvalho “Miau”.

Desta feita, o encontro dos “jovens revolucionários” terminou quando eram 13h10.
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