Fonte: RFI
Edward Snowden, que
revelou a existência de um programa de rastreamento eletrônico do governo
americano.
O jornal britânico The Guardian publicou neste domingo a identidade da
fonte que revelou o escândalo do rastreamento de dados eletrônicos pelo governo
americano. O presidente Barack Obama reconheceuno fim de semana que o governo
ter acesso às contas de usuários das principais redes sociais e de outras
empresas, como Google ou Yahoo.
Edward Snowden, 29 anos, está vivendo em Hong
Kong desde o dia 20 de maio, e poderia pedir asilo político na Islândia.
Ex-técnico da CIA, ele trabalhava para a Dell e a Booz Allen Hamilton, empresas
que prestavam serviço para a NSA (Agência de Segurança Nacional). Em entrevista
ao jornal britânico, ele disse que não tinha razões para se esconder, ‘’porque
não tinha feito nada de mal.’’
O The Guardian também publicou em seu site um
vídeo onde Snowden explica que ‘’seu único objetivo era informar as pessoas
sobre aquilo que é feito por elas, e aquilo que é feito contra elas.’’ Há três
semanas, ele deixou sua mulher no Hawaí e foi para Hong Kong, antes de revelar
o escândalo. ‘’Estou pronto para sacrificar tudo porque não posso, na minha
alma e na minha consciência, deixar o governo americano destruir a privacidade
alheia, a liberdade na Internet e as liberdades individuais com esse sistema de
rastreamento que está construindo secretamente’’, disse.
Autoridades americanas abrem inquérito
As autoridades americanas também anunciaram a
abertura de um inquérito para confirmar quem estaria por trás das revelações
publicadas na semana passada pelo Washington Post e o The Guardia. O escândalo
desencadeou uma polêmica que já está sendo comparada ao Wikileaks, com um
ingrediente a mais : a questão do desrespeito à privacidade na Internet.
O alvo dos dois programas implantandos nos
Estados Unidos eram estrangeiros que vivem no país, mas não eles também excluem
cidadãos americanos.O governo americano alega que agiu legalmente e que o
Congresso estava a par das ações , que visavam interceptar suspeitos de
organizar atentados terroristas. No fim de semana, o presidente Barack Obama
defendeu a iniciativa, dizendo que, no mundo de hoje, não é possível ter ‘’100%
de segurança e 100% de privacidade.’’
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