Ministro do
Interior exorta cautela nos pronunciamentos
Luanda - O ministro angolano do Interior, Ângelo da
Veiga Tavares, apelou hoje, em Luanda, aos responsáveis de partidos políticos
da oposição e cidadãos comuns, prudência nas declarações relativas aos
acontecimentos criminosos que têm estado a ocorrer, principalmente na cidade
capital, por forma a se evitar mais ira da população.
O pronunciamento do ministro foi feito momentos depois
de ter participado do velório dos agentes da Polícia Nacional, José Eduardo dos
Santos Faria, Augusto Gomes Neto e Finda Pedro João, assassinados na madrugada
do dia um de Junho, por desconhecidos, no município de Cacuaco.
De acordo com o ministro, as acusações feitas pela
Unita, relativas ao assassinato dos seus militantes são levianas e
irresponsáveis, tendo apelado à sua direcção, no sentido de contenção das
palavras e orientar os seus militantes a terem um procedimento adequado quando
ocorrem actos do género.
“Estamos num momento de dor e de luto, não gostaria de
falar daquilo que a Unita diz, porque vocês sabem que qualquer indivíduo que
queira cometer um crime não deixa os seus sinais no local de crime, mas
apelamos sobretudo quer a Unita quer os militantes de outros partidos para
serenidade e conterem a ira que este crime ignóbil causou no seio dos
efectivos”, disse.
Entretanto reconheceu que de algum tempo a esta parte,
têm se registado alguns crimes violentos, o que obrigou o reforço do
patrulhamento com o recurso a Polícia de Intervenção Rápida.
“De todo modo temos a dar resposta e temos estado a
sentir que as coisas estavam a estabilizar até que surgiram estes três crimes,
nomeadamente, a morte dos três agentes, dos dois cidadãos militantes da Unita e
da bancária”, asseverou.
No livro de condolências, Ângelo da Veiga Tavares
escreveu que “este crime ignóbil e cobarde de que foram vítimas, ao invés de
enfraquecer, será um verdadeiro catalisador no combate à criminalidade e aos
malfeitores”.
Os três efectivos da Polícia Nacional mortos a tiros,
na madrugada do dia um de Junho, vão a enterrar hoje nas províncias de Luanda,
Bengo e Uíge a pedido dos familiares.
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