Os donos da Comunicação Social - Raul Diniz
Fonte: Club-k.net - 17 Maio 2013
Luanda - Eu e todos os angolanos atentos as muitas
trapalhadas protagonizadas pelos detentores do poder que buscam a muito
assassinar o semanário e o seu diretor fundador sem êxitos, de igual modo,
todos quantos amam a liberdade e a diversidade informativa, não nos vamos
solidarizar com o folha 8. A razão para assim proceder esta acentuada na marca
que transportamos ao longo dos mais de 30 anos de convivência comum e que de
perto assistimos a peleja travada pelo semanário folha 8 contra a vil tirania. Desse modo pessoalmente
não devo de maneira alguma solidarizar-me com o resistente folha 8, pelo
simples facto de (EU) ser igualmente folha 8.
Nós Somos Radio Despertar e Nós somos Folha 8
Quanto a radio despertar, ouvi elogios bastante elegantes
acerca da sua ilustríssima programação. A juventude não inclusa pelo nipônico
regime nutre grande simpatia, e sente elevada estima por essa tão desejada
radio angolana! Agora sinto necessidade de estabelecer contato urgentemente com
essa dinâmica emissora, que tanto perturba a verticalidade da ditadura! O medo
instalou-se definitivamente no seio do regime e as vitimas escolhidas como bode
expiatório para destilar o ódio e o desprezo que sentem pelo povo angolano,
recaiu sobre a competente informação livre e independente produzida pela radio
despertar e pelo magnifico semanário folha 8.
É irônico assistir as trapalhadas
de competência do ministro da comunicação social que estamos com ele. É no
mínimo estranho que o ministro venha publicamente insurgir-se contra dois
órgãos de comunicação do setor privado angolano sem que exista nenhuma razão
plausível!
São verdadeiras as enormes discrepâncias assimétricas que
existem entre o desejo de JES se perpetuar no poder e desse modo tudo faz para
anular o desejo intimo do povo lutar para mudar de vida distanciando-se da
mordaça que lhe fora imposta pela ditadura. Para JES e para o seu governo é
pecado falar-se a verdade na nossa terra, JES e o seu governo desejam continuar
a enganar com mentiras para melhor explorarem os sentimentos do povo sedento de
liberdade! A essa situação acresce-se a miserável oferta da paz podre
envenenada com indesejada fome alimentar, de saúde, água e luz, que desfilam
por todo nosso país a mais de 39 anos de gestão inescrupulosa MPLISTA e a quase
trinta e quatro anos de uma desastrosa gestão ininterrupta de JES e seus
capangas!
Desse modo não tenho porque me solidarizar com essa emissora
do povo que tanto desperta a fúria do regime! Os angolanos querem seguir outro
caminho diferente daquele que a desgraçada dinastia do soberano (rei Eduardo
Ultimo) tem-nos obrigado a seguir cegamente. Por isso, eu não preciso de modo
algum solidarizar-me com a rádio despertar, porque ela também é minha.
O ministério da comunicação Social tende a desprestigiar
cada vez mais a informação independente tão necessária e cara ao nosso país.
Sinceramente ninguém no seu perfeito juízo percebeu patavina do que o
ministério da comunicação EDUARDINA quis dizer ao país no seu tenebroso e
desarticulado comunicada expandido ontem com sintomas inglórios de uma vitória
antecipada sobre o nada! A sinfonia vitoriosa difundida pelos meios de
comunicação do estado que trabalham especificamente para o MPLA e para o chefe
do regime ditatorial foi no mínimo degradante e insidiosa.
O estado angolano como detentor e dono dos meios de
comunicação social estatizados, não pode ser simultaneamente o mentor da linha
editorial da imprensa privada. Também a ordem democrática da informação não
pode obedecer à mesma ética deontológica que controla a imprensa pertencente ao
estado angolano, por outro lado a imprensa privada de maneira alguma pode ser
tratada como uma extensão dimensional da imprensa controlada com rédeas de aço
pelo regime! Ou pode? Por fim, o ministério da comunicação social não pode como
pretende ser o organismo catalizador da discórdia de um regulamento regimental
nunca discutido em Angola para gerenciar a informação publica, nem deve ser
escolhida uma desajustada forma precipitada para alunar o crescimento do ibope
da imprensa independente para favorecer com exclusividade o partido que
sustenta o governo aleijado do MPLA/JES! Ou pode?
Ninguém em angola
deseja de novo a volta do centralismo democrático! Ou querem? A informação em
Angola tem de ter uma conduta livre e independente, e, tem de obedecer a
critérios verdadeiramente democráticos e que sejam de facto equidistantes da
vontade repressiva e cheia de ambiguidades varias expressamente reconhecidas no
regime. Por isso tudo deve ser cuidadosamente bastante discutidas, antes de se
lançar ameaças gratuitas a quem se diferencia no modo de fazer e de expandir
uma programação com acuidade para servir o seu publico.
Também não se entende que estado na pessoa desse ministro
queiram substituir-se aos tribunais e aos demais organismos criados para
fiscalizar a conduta dos meios de informação privada. A função do ministro da
comunicação social nunca foi e não pode ser o de policiar a imprensa privada e
muito menos a independente! Ou será que a função do ministro é mesmo a de
perseguir os meios de comunicação privada e eu não sabia? Se os órgãos de
comunicação perseguidos pelo Ministro arrivista não independem financeiramente
do erário publico angolano, quais seriam então os mecanismos a serem utilizados
pelo ministro em obediência ao organograma do ministério que preside para
enclausurar e ou encerrar o semanário folha oito e a radio despertar?
Tenho pena desses iluminados senhores, tanto do novo
ministro da comunicação quanto a pessoa do corrupto Manuel Rabelais que
recorrem a tudo para presentearem o seu patrão fazem de tudo que seria
improvável a um dirigente de outros países de matriz democrática. Esses dois
utilizam meios de natureza desprezível com o intuito de demonstrar ao seu
chefe, que todos estão errados em relação à conduta que os órgãos de
comunicação independentes devem seguir.
Acredito que, se alguém ainda tivesse dúvidas do tipo descarado
de regime que nos está imposto por tão vil opositor das liberdades democráticas
em Angola, agora não precisa mais ter duvidas sobre o caráter dúbio do regime
que vigora a mais de 34 anos sobre comando do presidente ditador. O estranho
comunicado expelido pela comunicação privada do estado criado por José Eduardo
Dos Santos não surpreendeu a nenhum angolano minimamente atento e nem aqueles
que se debatem com afoiteza contra a ditadura.
Afinal, o MPLA/JES sempre deu a entender a todos, que Angola
pertence somente a eles, e todos os demais cidadãos têm de caminhar segundo a
vontade dos pretensiosos chefões frustrados! Na verdade o medo instalou-se
dentro do regime, até mesmo aqueles que não pretendiam deixar de acompanhar o
regime até o seu fim, agora tiram novas ilações sobre o que realmente se passa
no nosso país, e o que se passa pela cabeça do chefe do regime e do seu capanga
maior o general Kopelipa chefe da casa de segurança militar do ditador!
Afinal, do quê que o regime tem medo? Será que o regime teme
o povo que se revê nesses dois temerosos meios de comunicação social? Será que
o regime começou a entender que necessita começar a ouvir os donos da terra que
quererem fazer parte ativa dos destinos da nossa terra? Ou temos que fazer
outra leitura mais audaciosa e mais autentica do novo momento politico
desfavorável ao regime e ao seu chefe o ditador imortal? Percebemos hoje mais
que ontem que o fim de JES e da sua camarilha finalmente esta chegar ao fim!
Tenham em atenção senhores da oligarquia EDURDINA, tudo tem um fim e a maldita
ditadura inevitavelmente vai bater com os dentes na terra que vos vão comer.
Sim, a terra que vos vão comer é a terra escavada em torno dos poços de
petróleo e dos buracos abertos das áreas diamantíferas roubadas ao nosso
abençoado povo de Deus.
Ao ministro aprendiz
de feiticeiro deixo um recadinho simples, os angolanos não precisão de mais
nenhum insinuante vendedor de sonhos imprestáveis, o que angola e os angolenses
precisamos é de uma informação dinâmica, diversificada que atenda a todas as
matrizes da sociedade angolana contemporânea. Precisamos urgentemente de uma
informação sem medo, critica e que faça a diferença necessária prestativa de um
bom serviço regular, uma imprensa que mostre sem tabus o momento politico que
vivemos. Não desejamos mais conviver com a programação insipiente que seguimos
na TPA, na RNA nem podemos continuar a ler a verborreia transcrita no
vespertino do MPLA/JES, o Jornal de angola (JA) que é escrito com o jeito
JESSEANO de ser. O que queremos para Angola é de uma informação republicana com
um jeito angolano de ser.
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